(...) A “Bisa” lambia-me os selos das encomendas dos livros, fazia-me a cama e limpava a merda do gato Ajax da sua caixinha cor de rosa. Eu escrevia, escrevia, escrevia pelos dias fora, e de resto era normal, afinal, vivia fora do mundo real. Pensava muito em sexo, muito mesmo. Sexo! Enfim, na pornografia mais abjecta maioritariamente, ou em erotismo avulso em dias melhores, e na mistura confusa que ambos me faziam. Pensava nas mulheres que se deitaram comigo nas melhores noites, e naquelas com as quais gostaria de me ter deitado se estivesse acordado. O balanço era desequilibrado. Sobretudo nos nomes. E começava aí a confusão. Lembrava-me de quando uma amiga (já se me olvida o seu nome) me aconselhara um livro erótico, ela disse erótico, não pornográfico. Meu Deus! Pornográfico nunca, que os inválidos não tem direito à pornografia natural do mundo: Era o “Duas Vidas sem Importância”, do Cristóvão Altuna, (disto lembro-me). Então, pedi a um primo meu, o Albino, que mo comprasse em se