Avançar para o conteúdo principal

Biografia


Foto: Jorge Machado


Nortenho de gema, e amante profundo das suas raízes, sobretudo da cidade que o viu nascer: Vila do Conde, Casimiro Teixeira, desde cedo demonstrou inclinações para as letras, publicando alguns textos numa revista editada pelo departamento de Filosofia do seu liceu, e criando assim um espaço interior inteiramente dedicado à escrita, que foi sempre para si, um ombro amigo, constantemente em evolução. Foi na escrita que se moldou como homem, e nunca a abandonou, apesar de não ter, até à data, tido coragem para expor algum dos seus trabalhos ao público, deixando que estes se fossem acumulando em resmas de papéis guardados em gavetas..

A vontade indómita chegou finalmente em 2011, publicando pela Corpos Editora, o livro de Poesia: "Poemas por Tudo e por Nada" e o empolgante Romance de Ficção: "Governo Sombra" com a chancela da Chiado Editora. Tem igualmente disponível, no sítio da Bubok, em edição de autor, um conto intitulado; "À Procura de uma Vida” e uma novela “Corre!”, tendo também participado nas colectâneas de autores: “Gêmea – Vol.II” da editora brasileira Beco dos Poetas e escritores, “Novos Contos de Natal, Vol. I” das Edições Vieira da Silva, com o conto "Relógio de Natal", na Antologia de Poesia Contemporânea "Entre o Sono e o Sonho" Vol. III, edição da Chiado Editora, com o poema “Alma Doente”, e Vol. IV com o poema "Um desenho feito de Carne."
Em 2013, tem já confirmadas as publicações, de um conto intitulado: "Botões de Punho" na Nova Colectânea Beijos de Bicos e histórias de Amor, da editora Pastelaria Studios, e também de um novo livro de poesia: "Que Alguém saiba que és um Homem" da Corpos Editora.
Incansável no seu gosto pela escrita, nos seus diversos estilos: Poesia, Romance, Novela e Conto, tem diferentes trabalhos investidos em concursos literários, tendo já sido galardoado com uma menção honrosa no I Concurso Literário “Ser Solidário”, organizado pelo serviço de Humanização do Hospital de S. João do Porto, com o conto: “O Fim da Noite
Define-se como um escritor estilizado nos moldes de um realismo mágico, de histórias de solidão e deslumbramento – fazendo-se acompanhar em cada uma das suas narrativas, por alguns dos seus companheiros mais frequentes: o amor, o poder e a morte. Munido dessa grande paixão, publica quase diariamente no seu blog pessoal: http://neomiro.blogspot.com - O Mundo de acordo com Miro, textos dos mais diversos géneros, assim como na sua página de fãs do Facebook, que actualiza constantemente, e igualmente em diversas outras páginas e blogs de poesia e contos.






















Mensagens populares deste blogue

A queda de um anjo triste.

Desafogados brilhos desta existência, quis olhar em frente, e vi somente escuro. Escuro, escória, lixo, lama e penetrante breu. Quis seguir em frente e não mo permitiram. Quis marcar presença, caí, e fui banido. Quis viver, e fui marcado a fogo com o rótulo do nada. Malditas palavras que me acendem esta vivência, pudera eu ser livre, e não viver por trás deste muro. Ser vento, ou poeira, e correr solto pelo esplendor deste céu. Malditas palavras que de mim emergiram, ainda mal as proferia, e já as via, abafadas em seu ruído, como se fossem pássaros, abatidos em revoada. Como eu mesmo, abatido assim, em tenra idade. Mas sosseguem, pois sou coisa irritante que insiste em não morrer. Malogrado pela estupidez do desprezo, sou, ainda assim, Homem! Homem! Homem... Estou vivo, e não desabo. Desafogado percurso que ainda mal começa, não verás teu fim nesta desdita amordaçada. Quis dizer o que quis, e não me faltou a vontade. Mais fáci

António Ramos Rosa, in "O Grito Claro" (1958)

A ilusão de morrer.

Aqui estou no pouco esplendor que expresso. A tornar-me mais e mais fraco à medida que envelheço e perco a parca noção de humanidade que um dia posso ter tido. Só antecipo resultados finais de má sorte. Dor, doenças malignas de inescrutáveis resultados, possibilidades de incontáveis suicídios sem paixão, paragens cardíacas no galgar das escadarias de S. Francisco. Atropelamentos fatais nas intersecções de estradas mal frequentadas. Facadas insuspeitas pelas noites simples de uma pacata Vila do Conde. Ontem quis ir à médica de família, talvez me pudesse passar algum veredicto. Não fui capaz. Não admito os médicos e as suas tretas 'new age'. Há menos de meio-século atrás, esta mesma inteira profissão fumava nos consultórios e pouco ou nada dizia sobre pulmões moribundos. A casa na praia valia mais que o prognóstico verdadeiro impedido. Aqui estou, contudo. Ainda aqui estou. Trapos e lixo vivem melhor as suas existências que eu. Escrevo isto, bebo, escrevo, mais três cigarros. Que