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A mostrar mensagens de dezembro 14, 2014

O preso 45

Na sua grande maioria, as pessoas raramente confessam, abertamente, as coisas mais daninhas que nascem de dentro dos seus filhos.  Em conversas mais dilatadas com amigos, que são também pais como eu, e que até vão criando rebentos da mesma idade que os meus, fico sempre com a ideia que alguns são tão pacíficos que até os devem aborrecer de morte, e outros, tão completamente selvagens que até a mim me assustam. O que dificilmente consigo lhes arrancar nestes debates, é o meio-termo da verdade absoluta. E isto porque se convencionou como algo de muito mau-grado, dizer a outrém, amigo ou não, a verdade, verdadinha sobre a filharada. - Prece mal ele saber. - "O meu filho é.." sempre isto ou aquilo, muito mau ou muito bom (normalmente é excelente), nunca encontrei nenhum que me declarasse em confissão que aquele filho, o Arnaldinho, míudo de quinze anos, bigodinho à chico fininho, e modos à Hitler, é secretamente um barão da droga em miniatura, todos os dias entre as 4 e