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A mostrar mensagens com a etiqueta Óscares 2023

Ainda...os Óscares.

Adoro cinema. Vejo tudo, não quero parecer especialista, nem sou iconoclasta ou cinéfilo, não me entendo demasiado purista para passar adiante o lixo que se vai fazendo por todo o lado, e é tanto, tanto lixo que se faz...cada vez é mais. Hollywood está em queda. - Assoberba pela negativa! Gosto tanto do cinema que vou retirando deste lixo, do meio-cinema que assisto, e que coloco em caixinhas minhas. Este é assim e aquele é assado. Isto é realmente lixo, nem chego ao meio. Isto, por seu turno é uma daquelas pérolas que ninguém promove, mas, que vale tanto a pena ver. Que guardarei, pois o futuro chegará para lhe dar o devido valor. Isto é ver cinema. Vê-lo, no seu todo. Os que endereçam a sua atenção aos mesmos caminhos de sempre, jamais descobrirão aqueles pequenos tesouros, que, por vezes nos surpreendem. - Aos críticos de profissão, só lhes posso dizer isto: arrisquem mais! Nunca assisto nas salas, porém. Receio as pessoas, o contacto com as pessoas, tenho umas pancas aqui e ali, e

O estigma da inclusão

  Poderão os ventos da liberdade varrer os próprios muros que por vezes erguem? Todo o progresso requer rupturas, avanços, alavancas que rebentem os tampões demasiado bolorentos, e fracos, e ainda assim continuamente estabelecidos como regra ' ad eternum '. É uma boa coisa isto de se rebentarem os moldes que sempre nos pareceram indestrutíveis: sejam estes, do racismo, do machismo, da xenofobia e das liberdades mais fundamentais, a religiosa, a sexual, a ideológica, a artística, etc etc.. É uma revolução abrangente do espírito humano votado a romper com um passado bafiento, ansioso por explorar todos os caminhos que sempre lhes ficaram bloqueados por esses 'poderes' de pedra-atlas, que jamais se deixaram erodir ou finar. Entretanto, muita coisa mudou na última década, muitas vozes sempre mudas ganharam palcos relevantes, e foram necessários ajustes. As mudanças surgiram, em grande parte por concessões de poderosos interesses financeiros que não as compreendem de todo, m

Aquele coisa incómoda que chamam "A Noite dos Óscares".

Hoje é a longa noite dos Óscares. (não tão longa como me lembro de ser, mas enfim...) Sou e sempre fui daqueles que a seguem em directo. Os Óscares são a minha final da Champions. Sigo o cinema com paixão. Todos os cinemas, até este. Como não estar presente no seu dia maior? Os Óscares são isto e aquilo, dizem por aí. Uma cerimónia que deve tudo ao fingimento e pouco à arte que o afirma. É capaz! Há uma decepção intrínseca que se lhe ajusta em quase todas as cerimônias. Senti isso mesmo em muitas noites destas. Porém, e como da América emerge o epíteto da noção mais abrangente de cinema, nunca cedi à ideia de petulância, do nojo desbragado pelo cinema mais cerebral. Fui sempre filho do cinema mais comum, o de Hollywood, e, por isso me atirei a seguir esta noite todos os anos. Gosto de ver os intervenientes. Actores, realizadores, até os mortos que surgem na sequência memorial. Gosto de toda aquela montagem celebratória. Da 'panache' que só hollywood consegue encenar. Gosto das

Living, ou o "Corre!" Inglês

Na velha Albion de 1953, ainda fustigada pela Guerra, Rodney Williams, um gentleman dos quatro costados, tornado cediço servidor público, dirigente da divisão de obras públicas, surge-nos débil na engrenagem de uma cidade que luta para se reedificar. Soterrado em burocracia na Câmara Municipal de Londres, William, viúvo e angustiado, sente há muito que leva uma vida oca. Um diagnóstico de morte anunciada, (seis a nove meses) obriga-o a fazer um balanço da sua existência. Em evidência, Mr. Williams "Corre" resoluto, para tentar preservar a sua condição de saúde em absoluto segredo, mas também para evidenciar que o seu legado, insignificante que seja, persistirá pelo futuro. Após a fatídica nova, aproveita os dias que lhe restam para experimentar uma série de coisas novas, a vida toda resumida nos seus últimos meses, uma correria de vida redescoberta, intentando deixar marcas nas pessoas mais insuspeitas em seu redor, e, em si mesmo, anterior ao seu fim. A película é realizado