Perdido em um mar cintilante de nevoeiro e solidão humana, encontra-se um pequeno lugar todo ele rarefeito e da cor do chumbo, que raramente recebe visitas de turismo. Falecida a mulher, Mr. Olyphant, bom cidadão insuspeito, de cem quilos ou mais de carne conduzida só por vontade, realizou aí a viagem de comboio com que sempre sonhou. Em proporção à cidade onde vive, este sítio pacífico de rocha imaculada sempre lhe soou como aquele singular brilhante de fancaria que atentamente observou excepcional, deitado à sorte de quem o perdeu, no piso armado a cimento bruto, que era o salão de baile onde a conheceu. Apreendeu-o como o extraordinário , em meio a uma desoladora circunstância de espaço reduzido, com tanta, tanta gente acotovelando-se na pretensão ou fingimento de que dançariam. O facto de se terem descoberto aí, de se terem visto um ao outro aí, entre a turba barulhenta e suada, consumiu-o. Uma boa consumição, daquelas que nos alimenta a vida em vez de a diminuir em um dese...