- Transcrito a partir de texto recebido por e-mail - " A condenação ficcional de Humberto Crica vale como expiação simbólica da "culpa humana" pelo desperdício do tempo de vida e a consequente apatia moderna que nos destrói lentamente. Ele (o Humberto) não pode ser deste tempo veloz de agora, mas, na verdade, muitos de nós também não o queremos ser. A sua perplexidade face ao mundo "real" onde se enquadra, tão genuína quanto desastrosa, ilumina a enorme distância que medeia entre a responsabilidade individual de se insurgir contra si mesmo, e a culpa colectiva, de lhe assistirmos à morte anunciada. A sua inércia, de algum modo ilumina-nos para não lhe repetirmos os erros. É o grande valor deste livro, mais até que o chavão do flagelo do Cancro. Entre o significado prático e instrumental da sua vida desperdiçada, a condenação natural da justiça e os tortuosos meandros da consciência, do amor, e da subjetividade. Humberto redime-nos a todos. É esta red...