A violência sem limites contra mim, contra a minha inocente boa-fé, impiedosa ante a limpidez do meu olhar é tão brutal, injusta e sem razão. Que de rodilhas me ponho, me baixo sobre o teu pé, e me alimento de migalhas a implorar, implorar, ó poderoso, não pelo teu pão, não nunca, que este corpo não se alimenta assim, da pressa imunda de quem só sabe recusar. Oscilo pelo acaso desunhado de importância. Logo eu, tão cheio de mãos desfeitas de outros partilhar, a ti faço clamor pela luz que usas para ver alimenta-me, desses teus olhos vadios que de mim se evadem sem vergonha ou receio faço desta, minha demência. Cortejo os gigantes por restos de coisas de sonhar e me alimento de migalhas a ver quem para e me vê inteiro, sem ser a correr a pedir esmolas de tempos antes que estes que vos acabem. Tomara que houvessem outras Estações em todos os anos que desperdicei Vi Invernos e Invernos de constantes perdições e em nenhuma Primavera me ...