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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto 10, 2014

Então tu queres ser escritor?

by Charles Bukowski

Dos Livros

"Não gosto tanto de livros como Mallarmé parece que gostava eu não sou um livro e quando me dizem gosto muito dos seus livros gostava de poder dizer como o poeta Cesariny olha eu gostava é que tu gostasses de mim os livros não são feitos de carne e osso e quando tenho vontade de chorar abrir um livro não me chega preciso de um abraço mas graças a Deus o mundo não é um livro e o acaso não existe no entanto gosto muito de livros e acredito na Ressurreição dos livros e acredito que no Céu haja bibliotecas e se possa ler e escrever" Adília Lopes

Retrato do artista, depois...

“A gente vê os corpos, Mas não vê as almas que estão dentro. Há corpos de agora com almas de outrora. Corpo é vestido, alma é pessoa …” Eça de Queirós - “A Cidade e as Serras”

De noite finge-se amor entre os paralelos.

Naquela noite, mesmo sem o sabermos, fizemos amor como pequenos deuses. Havia lágrimas ou tristes ramagens desfolhadas sobre a margens dos teus olhos, de cujo brilho verde brotava um rio inteiro, em cada gota de peixe que deles descia. Fizemos amor sim, como criaturas solitárias daquela única noite. Sem hora ou destino marcado, às cegas e às escuras, a minha mão e a tua, depois o teu peito e o meu peito, paragem abrupta, sem jeito já havia tanto de nós à mostra. Fizemos amor em andamento. Primeiro na entrada, depois, a escorregar da relva húmida até á estrada , depois no carro, depois na saída, nas lajes pardacentas, depois n'areia, por fim no mar ou na lua, nem sei bem. éramos só um. E como não soubemos nada sobre esse amor, assim ficou,   para sempre preso nesse brilhante escuro,  dos objectos incertos que nos cercavam. A noite acendeu depois as estrelas, porque teve medo da nossa própria escuridão.  E todas as lágrimas de todos

Deixar de ter mais uma diva

Excerto do filme de 1944 " To Have and Have not " de Howard Hawks. A maravilhosa Bacall esperou cinquenta e sete anos até voltar para o único marido que conheceu. Bogart. Hoje, ela voltou a assobiar-lhe, e encontraram-se de novo.  Deixo-vos também o excerto de uma carta que Bogart lhe escreveu.

O Mundo de acordo com Garp

O cristal mal visível da barreira final é impenetrável. O ar carregado lá dentro, incompreensívelmente pesado, segura, sem grande custo, toda a estrutura daquilo que anima a criatura. - Alma? Não sei o que é isso. Talvez a tenha perdido naquela noite, na praia, quando me apeteceu ir passaear os gatos. Mais perguntas assim e desato num pranto, pára! - Exclamou. Mexia-se cautelosamente como numa dança coreografada em câmera lenta. - É um erro enorme, ainda acabas morto. - Disse-lhe depois. Nem tinha reparado que havia utilizado o termo impenetrável . À quarenta e dois anos que procurava os restos imortais de qualquer coisa que lhe significasse algo mais divino que um mero deus comum. Nos anos 80, julgou conseguir fossilizar o futuro, pouco tempo depois, descobriu que o futuro pertencia-lhe e perdeu definitivamente aquele ar calmo e contido. Começou a fumar, num fingimento desse mesmo ar. Mais tarde, na década de 90, ficou conhecido por ser o segundo a descobrir o famoso

Quem me faz companhia?

  http://shortlist.com/entertainment/books/drinking-habits-of-famous-authors