Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de julho 17, 2016

A Lista Mágica do meu Futuro

24 livros com a incrível magia das palavras. Gabriel Garcia Márquez, tornou-se para sempre o "meu" escritor. Enquanto crescia como pessoa, mais ou menos esclarecida, mais ou menos culta, sobretudo pateta, teria eu 16 ou 17 anos de mera tensa impedância, alternada entre a displicência natural da juventude, e a ambição rigorosa de algum percurso determinado, acabei por descobri-lo, graças ao Círculo de Leitores.  O primeiro livro dele que li, foi " O Outono do Patriarca ". Arrebatou-me de imediato, pois, até então, graças ao cartão de sócio do Círculo do meu pai, o meu amor pelos livros vagueou promíscuo pelos grandes clássicos; dos Americanos aos Russos, passando pelos Franceses e até alguns Ingleses, todos consumidos com algum grau de arrojo incerto.  Ao terminar as leituras, de muitas destas obras que surpreendentemente Marquez aqui referencia, restava-me sempre a vontade irresistível de viver nalgum paraíso alheio. Contudo, nunca devotei nenhum part

More than this... não sei.

Se não estiver em alguma lista de melhores álbuns de todos os tempos, passa a estar agora ( ao menos numa lista minha e só minha!) - " Avalon " dos Roxy Music, marcou-me a pobre carne auditiva e sensitiva, com um erotismo simples mas eficaz quanto baste ao tempo da minha juventude..  Lá, do longínquo ano de '82, rais' me partam, continua a fazê-lo, por isso se mantêm no meu "Top" 50 de grandes álbuns de sempre.  O 10º e último tema deste disco,;" Tara " (divinamente e exclusivamente instrumental, como num sonho iridiscente de entregas, avanços, retrocessos e considerações) continua a arrepiar-me os poros menos desavisados desta pele que me cobre o corpo mais sobranceiro da minha existência. Aquela pele que me guarda a arte toda num casulo uno. De graça. Todavia, tudo o que é aqui dito, não passa somente de uma preferência muito pessoal. Sou aquele que ressalva o " Coimbra B " no melhor álbum de sempre dos GNR, " Psicopátri

Como se fossemos pessoas a sério.

"Os poetas são bons depois de mortos, cantam-nos, como se lhes exumassem os corpos da sepultura e lambessem as cicatrizes que cada poema lhes infringiu em vida. os ossos estalam sob o jugo da leviandade, a mesma com que a calvície os atingiu em plena idade da fortuna e agora se demora entre a fome dos bichos e das ladainhas e das velhinhas a uma rima qualquer. como se as alminhas penassem agora pela ausência de até carpideiras nas cerimónias fúnebres." Helder Magalhães " Dista um Palmo a Amplitude do Peso que Suportas " Edição de Autor 2014

Música para Falhados Sentimentais

. .. e nem me digam que chorar sal de Calimério ao ver um filme com o Hugh Grant e a Drew Barrymore, a cantarem isto, é coisa digna de algum "panilas" destroçado, ou de uma qualquer mulher violentamente descartada de alguma relação em que acreditava a pés juntos.  Não! Não é de todo. - Aliás, tomem lá cuidado com os estereótipos, porque ninguém sabe futuramente onde e por quem se poderá desfazer por completo, num instante fortuito do seu tempo "feliz" de vida.  Porque emocionalmente estamos todos atirados à mesma incerteza, ao inevitável desígnio de nos despirmos involuntariamente perante o que o resto da vida nos reserva. Somos desleixados por natureza nas razões lógicas face às emoções, que realmente nos controlam, e depois é isto; acabamos numa quarta-feira de manhã a chorar baba e ranho, perante um filme fundamentalmente medíocre, mas cheio de uma qualquer sonoridade misteriosa que nos coloca nesta posição de vulnerabilidade. Muitas vezes, como esta

Recordações da casa cinzenta

Marlon Brando e Rod Steiger - "On the Waterfront"- Elia Kazan (1954)

Carta obsoleta a um filho vila-condense.

Transportamos connosco a infância até ao momento em que morremos. É um romance que nunca nos abandona. Tento ensinar isto ao meu filho, e não se apresenta tão fácil quanto parece. Quero acreditar que o que retive desses tempos terá feito de mim um homem melhor, de sentimentos mais presentes, e a mais valiosa lição que lhe quero deixar é esta. O meu pequeno tesouro interior. É bem verdade que tomo poucas coisas como certas, pois o progresso arrima-as constantemente, a grande maioria só medianamente me atinge, outras, destroçam-me em absoluto as lembranças de um menino que, ou não quis crescer, ou não quis que a terra girasse e fizesse mudar quase totalmente o mundo da sua infância. Felizmente que uma delas permaneceu perene e constante na passagem do meu tempo, a sempre contínua paixão por esta vila-cidade; Vila do Conde. Se me dou ao luxo de ter sentimentos contraditórios sobre o que vou vendo, faço girar os ponteiros do tempo para essa época em que andava à solta pelas ruas e trans

Magníficos dias Atlânticos

Serão hoje anunciados os moldes e definições de uma iniciativa governamental, única no mundo, de tal modo arrojada e liberal, que, caso se efective e (deus me livre!) até resulte, poderá transformar esta "geringonça" de 11 milhões de "loucos" visionários e criativos, no mais singular país democrático do planeta. Refiro-me ao -  Orçamento Participativo Nacional (OPN)  -  uma ideia graciosa, não peregrina, não a este nível pelo menos, que o actual PM António Costa, já a havia colocado em prática, em 2008 no município de Lisboa, quando aí cumpriu um dos seus mandatos de autarca.  O conceito em si, sonegou-o à cidade brasileira de Porto Alegre, onde já havia sido posta em acção, implementando-a depois em Lisboa, com algum relativo sucesso e muitos milhões despendidos à mistura. Grosso modo, a concepção generalizada deste projecto indómito resume-se a isto: até Setembro, os portugueses (qualquer português que seja - isto é muito importante) poderão apresentar