Somos um país pequeno, e por vezes munimo-nos de pequenos ódios, que talvez sejam grandes demais para serem assim sentidos, com a cabeça quente. Alguns até se justificam pelo medo em que vivemos, ou não se justificam de todo, considerando que o ódio não passa de uma emoção, logo, cabe-nos a todos te-lo no peito a bel-prazer, mas nunca na razão. Refiro-me concretamente aos comentários de Isabel Jonet, a senhora que se encontra à frente do Banco Alimentar Contra a Fome, e que afirma que a pobreza em Portugal é conjuntural, tornando-se, da noite para o dia o mais recente ódio de estimação nacional, pelo menos, no que às redes sociais diz respeito. Ora, a dimensão do disparate torna clara uma coisa fundamental: ainda não percebemos.