(...)
Mais de cem aves do paraíso
voaram mesmo agora do céu dos teus olhos.
Nada de especial,
não precisas de te alarmar.
A lareira ainda crepita por igual
círculos de música fria libertada.
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Apeteceu-me só uma pausa para contar
estes sonhos de pelúcia.
Que o meu paraíso, sozinho
não poderá jamais voar
sem haver presentes
olhos assim, como os teus.
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No decurso da noite, o peso do ar
apanhou-nos na cama sombreada
riamos em intervalos separados pelo calor
em lençóis povoados de nuvens
dois barcos acabados de chegar
acolhedores, sem juízo de pedir
à noite
algum chamamento triste.
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De olhos abertos, por favor.
não tardes mais a cruzares esses olhos
que tanto preciso
com o rascunho do meu paraíso.
Que os amantes nem veem
só querem sempre ser
dois pontos presentes
de nenhum lugar.
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Ao acabar a noite tenho medo que não voltes
tenho medo que não voltes
tanto medo que nunca mais voltes
a voar.
(...)
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