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A mostrar mensagens de janeiro 30, 2022

A Eleição do Medo

Ainda que o meu voto tivesse contado. Ainda que o meu voto contribuísse para a eleição do candidato. Ainda que o meu voto não esperasse na fila mas fosse célere e eficaz, digno de qualquer contentamento possível ao votante. Ainda que o meu voto progredisse realmente a democracia em Portugal. Ainda que o meu voto contrariasse o rumo natural da predileção política familiar, e, mesmo assim, não criasse cissões, rupturas nesse tecido tão delicado. Ainda que o meu voto fosse único, impopular, consciente, ponderado, surpreendente.. Ainda que o meu voto fosse tomar um café depois de cair na urna, satisfeito o meu voto, por ser, por existir...Mesmo que tudo isto seja verdade, sinto-me contrafeito à mesma. Desagradam-me as decisões generalizadas do povo, que se assusta e mesmo assim elege o terror que se antecipa à dúzia. Que castiga, e afasta tantas vozes importantes do lugar onde a verborreia mais conta, apesar de sempre demagógica. Apesar de sempre cíclica, conta. Faz mossa, aqui e ali. Barr