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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro 11, 2018

Charles in Charge

Charles Bukowski “We’re all going to die, all of us, what a circus! That alone should make us love each other but it doesn’t. We are terrorized and flattened by trivialities, we are eaten up by nothing.”  - Charles Bukowski -

Valha-me o John, ao menos!

John Coltrane

Bosques Esquivos

Nunca se dilui entre a escuridão se perfaz na esperança de luz, ou se curva assustado por entre os caminhos. É um rochedo constante que as tempestades nunca alteram. A estrela mais fixa a todos os caminhantes errantes o brilho claro, mas sem matéria, que jamais se torna joguete do tempo. Mesmo que a carne o sofra, no peso da sua fúria. Fica monólito, algures uma presença etérea, também. E uma falsa partida, ele é aos sobretudo ignorantes,  mais um caminho errado, uma artéria suja de tanta errada miséria, onde se desavindam os maus amantes. Não é produto nem inspiração de algum tempo de bem só deita sangue desgovernado da sua insensatez venérea. Ele é escrito mas lido jamais. Pobre azul que nunca conheceu os pais. Triste mar sem praia mais além. Contudo ou nem por isso, fez grato o caminho contrário à desidéria. Comeu a crueza dos dislates de seus mandantes. E morreu impróprio pelos dentes dos canibais. Se tudo isto for falso e o prov

Chão

Não sei se te lembras de que dia foi hoje Dos sonhos alcoólicos de grandes e-feitos Das cirroses de nuvens de gomas Se morreste também algures de ressaca Tu que sorrias sempre com o fígado Não sei Se quando caminhas te lembras De andarmos descalços sobre os mesmos vidros As mãos umbilicais e os copos envaidecidos Se quando caminhas Nas ruas que hoje foram nossas E hoje são de ninguém Ainda saltas ou se te sangram os pés Se pavimentaste o chão Como fizeste com o mundo Se já não vês o quadro E não te lembras do Zeppelin de chumbo Que atirámos ajoelhados ao espaço Algo em mim não quis saber Que quando florimos no deserto já éramos História Que da dinamite que dizimou a paixão Nasceria um peixe-lápis (Quanto não pode um sinónimo contra um canhão) E com ele desenharia esta salva de tiros em verso Para que o teu chão e o teu mundo nunca esqueçam O que teimas em esconder debaixo da pele Mas a pele teimará para sempre em te lembrar Rita Pinho Matos in FLANZINE

Amor eterno?

As Crónicas do Senhor Barbosa IX

Depois de morrer, o interior do Senhor Barbosa nem apodreceu por dias e dias, como sempre acontece com todas as outras criaturas deste Reino natural de homens, bichos e flora tão despudorada, inseridos em algum ímpio crescimento desordenado. Depois de morrer, ainda pareceu viver mais alguns anos e todos quanto o observaram assim o consideraram, pois, por conseguinte, era vivo que o sabiam, nunca morto, e aos vivos ninguém parece muito particularmente interessado em passar certidões de óbito precipitadas. Depois de morrer, o Senhor Barbosa, ainda escreveu a sua própria elegia. - Esta! - Pôs-se à janela e começou a ditar palavras muito baixinho, e estas iam-se escrevendo por si até ficarem completas. Nela, descrevia o seu fim prematuro, e quanto tempo precisaria para convencer os outros de que realmente falecera em virtude de tanto desprezo, tanto desrespeito pela sua simples condição eremita de Homem só! - Quando acabou apercebeu-se da inutilidade do que tinha escrito, mas, nã

New Man on the Moon

Desenho de Jim Carrey http://observador.pt/2018/02/07/jim-carrey-apagou-a-conta-do-facebook-e-quer-que-os-fas-facam-o-mesmo-mas-porque/ Para ler até ao fim. https://twitter.com/JimCarrey

Saudades de ver bons Filmes (XIV)

...absolutamente ternos e belos. Maravilhosos. Extraordinariamente perfeita a utilização do " Adagietto" (da Sinfonia N°5) do Mahler neste filme. É como se a música, sem recurso a mais artifícios, nos colocasse na frustração, na pele inquieta, na paixão incompleta do compositor  Gustav von Aschenbach , personagem exemplarmente interpretado pelo Dirk Bogarde, e nos fizesse também sofrer ao assistirmos o desenrolar da sua obsessão. Brilhante.

Davam grandes passeios Existenciais aos Domingos

Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre