Assumi escrever isto em cinco minutos, sem tempo para hesitações. É só para esvaziar, para não me deixar soterrar pelas avalanchas da inadequação. Os meus olhos saltam perdidos entre os grandiosos eventos estivais, apanham respingos das fontes iluminadas com os rostos eleitorais, entram pelas bibliotecas dentro, todas maiores que os meus medos. Param nos cafés lotados de soberba, cheios de viciados em exposição, a transbordarem pelas esplanadas, parecem todos mais cansados que eu com as suas roupinhas de férias. Tanta feieza e formosura juntas que já não tenho certezas sobre como saber separa-las. Ou se devo. Ou se preciso fazê-lo. Ninguém me mandou andar por aqui, ao acaso, a procurar personagens absurdos. Aqui fora, todas as montras são íntimas, e ninguém mostra vergonha de nada comprar. Aqui fora vêem-se os rostos, olhos nos olhos, enquanto rejeitam de frente. Dói, mas é melhor assim. Durmo e tenho sonhos estranhíssimos em que ajudo pes...