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A mostrar mensagens de abril 18, 2010

Arco-Íris á janela

Poema 6

Sou dono do meu caminho, senhor do meu traço, mestre da minha ideia, de tudo a que fujo ou em que alinho, que tenho por meu e faço, e que dentro de mim se incendeia. Não quero sequer ser poeta, e se sou, não quero ser, que importa chamarem-me assim, e não quererem saber. Lastimo-me num choro de boi, desfaço-me em fumo maldito, de noite é que eu sei, desperta-se em mim um grito, ao sonhar com o que já foi. Não queiram entender nada, não tentem, não quero, nem vale a pena, foi, fiz! Porque fui moço de vida, alegria, e assim fui sendo feliz. Mal sabendo eu que eu, ai mal sabendo, que tudo passou de uma euforia, euforia, euforia, eu faria, tudo de novo para ter (aqui), o moço de vida alegria, que em tempos vim a ser. Mas nem interessa, nem vale a pena. Sou dono de tudo, sou capitão da minha vida, de mim sou eu rei, mas saber o que fiz, nem eu próprio sei.

Fim de Tarde em Antalya (Turquia)