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A mostrar mensagens de fevereiro 5, 2023

O (meu) mar.

 

A Amélia é grande....ou, A Amélia foi grande!

  A morte acompanha-nos sempre no seu avanço inexorável. Cai-nos dos telhados, ergue-se de solos nunca consagrados, mata-nos pelos flancos, os lados desprotegidos, aqueles lados onde achávamos que tudo correria pelo melhor, sem que nos apercebamos que findamos aos poucos. Dá-nos as mãos, invisíveis à percepção. Tira-nos o nosso bem mais precioso, a razão. A morte sabe muito mais do que nós sabemos e mesmo quando parecemos saber alguma coisa, ela engana-nos e reergue-se. A morte é deus! - O único deus possível. A minha tia Amélia foi uma força da natureza. Foi-o. Divorciou-se de um homem que a maltratava, em um tempo em que as mulheres ainda viviam convencidas de que estes sofrimentos faziam parte da existência feminina comum. A luta restringia-se a algumas (poucas) heroínas, sobretudo se se tratasse do Portugal de então. Daquele Portugal ainda lazarento, mas já tão próximo da revolução. Porém, como poderia a minha tia Amélia saber disso? - Eu próprio, seu sobrinho e afilhado, detentor

A vida é feita de escolhas...