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A mostrar mensagens de outubro 12, 2014

A história da Albertina

Se te explicar que me acendes os céus tão cedo me desocuparias os dez minutos que te mentem sobretudo sobre a força da vontade. Um estilhaço azul brilhante que passa, mostra-me, não ser tão forte quanto o merecerias e caio frouxo e sem alento para fugir do fogo nobre do teu adeus. Só penso em ti em cores que nem existem e em barcos que fogem da barra da saudade. Pergunta o motorista do carro de praça: Conhece o senhor todos os preços e categorias? Aceno que sim, mas é inútil, pois já nem tento. Mais longe ficam-se as janelas perdidas na inocência, a noite está triste como a vizinha solteirona, e pela cidade espalharam mensagens, os poetas que fica apagado o fogo da menina. Malditos poetas que só sangram pelos braços, e de suas línguas em parafuso, inclemente destila-se a vergonha da minha abstinência. Que fica a menina sozinha, ali sentada na poltrona. Explico ao taxista que me leve de volta às pretas mas ele, muito torcido, diz que aquilo não se faz à Albertina