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A mostrar mensagens de abril 10, 2016

Um dia o Jim Morrison perceberá isto.

O fim da manhã deste último dia poderá ser só um quarto. não vejo melhor forma de lhe contar os inevitáveis desencontros, entre fazer as camas, dar de comer aos gatos e preparar o pudim de pão para o jantar de logo mais, com desconhecidos de verdade, a mesa inteira povoada de desconhecidos. Alongada, não, redonda, não, oval... talvez (não). O princípio de tarde deste dia será uma perfeita cidade. As ruas molhadas, as belas donas de cães estranhos a passearem-nos e nos canteiros públicos, indigente, entre tanta merda, a relva continua por aparar. Ergo-me da periferia dos últimos dias demolidos, e procuro a razão deste fim, entre as calças penduradas ao través nos cabides desalentados, e as toalhas de banho que apanho do chão. Chamo-te pela casa vazia como se rezasse ao nosso mar. Serei sempre um homem rude, e estes acabam assim, destruídos. Tu já deverias saber que só assim poderia acabar. Deixas-me publicar este desconforto exposto em osso ao assédio social? Meu Deus!

Porque me apetece dizer coisas assim...

Sinto-me meio engolido pelo tédio, e ainda nem são dez da manhã.  Sento-me aqui e observo o mundo feito de formas geométricas coloridas. Rectângulos e quadrados, ao alto e deitados, a correrem rápidos, correm todos tão depressa, que alguns nem chego a ver.  Estou a envelhecer, certamente que estou. Que necessidade a nossa de afirmar o inadiável como se fosse uma novidade. Parece que aqui envelheço mais rápido. - Um amigo disse-me há dias, que devo de aproveitar a vida, pois um dia morrerei. - Fiquei chocado com essa constatação, ainda mais vinda de um amigo.  A necessidade de convívio é imperativa, toma-me à força contra todas as evidências. Necessito-o já, antes que a avalanche do tédio me engula por inteiro.   Quando comecei a escrever coisas por aqui, pensei que isto poderia vir a ser uma boa redenção ao assombro desconhecido que sempre me perseguiu. Até me aperceber que muitas pessoas foram ficando indiferentes com o passar do tempo. É sempre muito mais fácil ficar-se i

Vai chamar tolinho a outro...

                                                        "The Fool On The Hill" Day after day, alone on the hill The man with the foolish grin is keeping perfectly still But nobody wants to know him They can see that he's just a fool And he never gives an answer But the fool on the hill Sees the sun going down And the eyes in his head See the world spinning around Well on the way, head in a cloud The man of a thousand voices talking perfectly loud But nobody ever hears him Or the sound he appears to make And he never seems to notice But the fool on the hill Sees the sun going down And the eyes in his head See the world spinning around And nobody seems to like him They can tell what he wants to do And he never shows his feelings But the fool on the hill Sees the sun going down And the eyes in his head See the world spinning around He never listens to them He knows that they're the fools They don't like him The fool on the hill Sees the sun going down And

A Páscoa é só um dia estranho

... o resto dos dias é igual! Annibale Carracci (Italy,1560-1609), "Dead Christ"

Mais tarde ou mais cedo acabamos todos putas! ou (como me tornar muito rapidamente o próximo Salman Rushdie)

Todos os muçulmanos e muçulmanas deviam saber isto. Acredito que a maioria até já o saberá, mas assobiam para o lado para não parecer mal. Já agora, o resto da malta também. A burka, traje islâmico inteiriço, toda a gente já sabe como é, cobre o rosto e o corpo da mulher. Adiante.. O que me interessa para o caso é este pequeno fait-divers que li sobre o assunto (e que, sem confirmar ou desmentir sobre a sua veracidade, admito que me interessou sobremaneira) Trata-se daqueles micro-relatos históricos que têm tudo para parecer verídicos, contudo, pelo caracter inverosímil que aparentam, acabam sempre por deixar extremamente cépticos. Reza a estória, que na antiga Mesopotâmia, em homenagem à deusa Astarte , santa padroeira do amor, da sexualidade e da fertilidade, todas as mulheres - sem excepção - tinham de se prostituir, uma vez por ano, nos bosques sagrados, ao redor do templo consagrado à deusa. Para cumprirem este preceito sem serem reconhecidas, as mulheres da alta socieda

A lucidez tem destas coisas circulares...

(...) "Com o passar dos anos, e com o peso da podridão que o comia por dentro, afastou-se gradualmente de tudo isto. Só dava valor aos filmes, aos malditos filmes! Já não fazia amor com a mulher, já não lia, já não saía com os amigos, já nem dava atenção aos filhos, só aos filmes. Eram estes que o prendiam casa, que lhe dominavam o espírito, e só estes o satisfaziam." (...) Casimiro Teixeira "A Lucidez Desentendida" Conto - Edição de Autor - 2011 http://www.bubok.pt/libros/3964/A-Lucidez-Desentendida

Dia Sim dia Não uma Beleza antiga

Lana Turner