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A mostrar mensagens de setembro 25, 2011

Terá lido o "Governo Sombra"?

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito. E nunca te escrevi nenhuns versos românticos. Nem depois de acordar te procurei no leito, como a musa sensual destes meus cânticos.

Um travo de sangue.

Onde começa o paladar e termina o olfato? – Pouco sei sobre isso, e tu, sensaborão que és, muito menos, tenho a certeza. - A tentação do café não nasce no sabor, que deixa somente um rescaldo de fumo na lembrança, mas no aroma, que é preciso, rápido, poderoso e grava-se na memória com uma persistência tenaz. – Obrigado por me tirares isso! Por ajustares o arremesso da tua fúria ao ponto sensorial que mais feliz me fazia. Por me roubares da vida os seus perfumes,  graças a ti deixei de saber o cheiro da vida. Obrigado por essa oferta de violência.

Ar.

Neste ar daqui, ecoa um murmúrio de queixume, um fiozinho comprimido de tímidos balidos. Sentem-se pálidos, quase voláteis como um perfume, Inundando-me a alma de sonhos despidos. Sentem-se espasmos, contorções, agonias de voz. Mínimos, serenos, irrepreensíveis de altivez, tão pouco se sentem, que chega a ser atroz, o pouco silêncio que perturbam na sua vez. Grandes senhores de ferro e fogo e força infinita, ouvireis vós o lamento que por aqui passa? Ah sim, tenho febre, e escrevo e isso nem me maça, mais me desfeita o desdém que votais à minha escrita. Pois eu não sou máquina exprimindo seu motor, e neste ar daqui, neste ar, vou rugindo baixinho, pelos pedaços em falta que me compõem a dor, abandonados que ficam ao doer do seu caminho. Em fúria fora, e eles dentro de mim, tão suaves a começar, gritantes agora. Já me arde a cabeça de não lhes ver um fim, so
Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir. O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.