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Textos Devolvidos V

(...) Aqui em casa há um pátio, cobre-o um verde murcho por todos os lados; heras, madressilvas, pés de feijão-verde e tantos, tantos arbustos, todos secos e mirrados por falta de luz e de água. Pelo meio estão as canas beges e escamadas que o meu pai trouxe de um campo.  Não se alimentam em condições os pobrezinhos, nenhum deles. Ao centro, sobrevivem dois limoeiros, tristemente secos também, despidos de qualquer amarelo. O meu pai pôs dois chapéus gigantes em cima dos limoeiros para eu poder visitar o pátio de vez em quando e observar o vai-e-vem atarantado das formigas. A minha mãe não gostou nada disto. Diz que as árvores não são gente para terem chapéus, que as formigas não são nada tontas e que os meninos como eu, deveriam era ficar dentro dos ninhos, resguardados.  Depois dos limoeiros, e depois do muro, fica a doca do Libânio, que, por ser feita de pedras cinzentas tem sempre luz em abundância.  Tenho tanta pena das pedras. É mesmo uma chatice isto da luz ser quente.

O melhor de tudo são as crianças...

Próximo Sábado, dia 26, irei mais uma vez ler o meu conto infantil (não publicado - ainda) : " O Lugar Onde Começa a Chuva " - Será na sede da associação Bind'Ó Peixe , nas Caxinas, que foi quem me endereçou o convite, e o evento destina-se à animação das crianças do bairro de pescadores deste lugar tão emblemático da minha querida Vila do Conde, mas não só. Todos podem aparecer. Venham, e tragam os miúdos.  - Começa às 15h30. Consultem o cartaz.

Gustavo, o bebé cantor.

No dia em que Gustavo cantor chegou a este mundo, fazia tanto calor, que os candeeiros da rua, ainda quentes de trabalharem a noite inteira, derreteram, fazendo poças de luz em cima dos paralelos escaldados. Gustavo chegou tão pontualmente como um nascer do sol. A sua mãe ainda estava em roupão de banho e com a cabeça cheia de rolos quando ouviu uma cantoria muito miudinha subindo de mansinho da carpete, e quando olhou para baixo viu, cheia de surpresa, um par de olhos muito claros e brilhantes, azul-bebé como o primeiro céu da primavera, a sorrirem-lhe felizes, no meio de uma voz que não era deste mundo. Há a certeza do imortal quando assim um filho nos sorri. O coração pula-nos no peito e o mundo para de rodar quando nos olham, sentimo-los donos de nós e dos nossos sonhos, e é isto que faz o mundo parar e que o faz também girar. Mas como é possível que uma criatura assim tão pequena, consiga nascer a cantar a plenos pulmões? – Pergunta o pai muito espanta

As Aventuras de Rodrigo, O Guerreiro Sonhador - Cap. III

A alegria parecia ter voltado há aldeia, as mulheres cantavam canções de alegria, os homens dançavam alegremente, e até as poucas crianças que haviam estado escondidas, voltaram com um sorriso de alegria estampado no rosto. Os próprios animais, Zazus, aramis e Lunas, e Gaspachos e Zippos e todos se juntavam em redor de Rodrigo, o salvador da aldeia, mas este não mostrava uma cara alegre. Rodrigo não descansaria até por fim à existência do malvado Dragão que ainda podia muito bem voltar e pôr fim a toda aquela alegria.

As Aventuras de Rodrigo o Guerreiro Sonhador - Cap. II

Depois de deixarem para trás, a Floresta de Oom, os cavalos alados, Grunch e os peixinhos glu glu glu, os dois companheiros voaram sem descanso por dois dias e três noites seguidas, parando apenas na terceira noite, numa pequena aldeia com casas de telhado de palha para comerem algo e descansarem. Mas mal Fabio se preparava para aterrar e todos os aldeões começaram a atira-lhe pedras e paus afiados como lanças, tentando a todo o custo afasta-lo daquele sítio. Com grande dificuldade, lá conseguiu chegar ao chão, mas ainda assim a uma distância segura dos aldeões que com olhos de ódio corriam na sua direcção com os paus afiados e forquilhas e foices em punho. Apenas quando Rodrigo saltou do lombo de Fabio e lhes agitou os braços para que parassem é que eles se detiveram.

As aventuras de Rodrigo - O Guerreiro Sonhador - Cap.I

J á tarde ía a Primavera no seu correr de Estação ao longo do ano, e por todo lado se sentia o calor do Verão a querer surgir, assim foi que numa tarde muito quente de Junho, encontramos Rodrigo com o seu cinto de Tazos a tiracolo a vaguear alegremente pela floresta encantada de Oom, dizia-se que aí vivia Grunch, o treinador de cavalos alados, e Rodrigo procurava-o.

As aventuras de Rodrigo - O Guerreiro Sonhador

Prólogo H á muitos, muitos anos atrás, numa época de Dragões, criaturas estranhas, Cavalos Alados e Fadas, místicos feiticeiros, bosques encantados, Pássaros Gigantes, Reis e Princesas Encantadas, num tempo de céus azuis repletos de côr , inundados de luz e beleza, de corajosos cavaleiros reluzentes, heróis de bravura sem fim, e de malvados vilões de olhares sinistros e bigodes empinados, num tempo onde a imaginação dos homens não se detinha em sonhos pela noite, mas renascia no nascer de cada dia, prosperando em contos e relatos fantásticos de batalhas inacreditáveis e feitos de coragem além da própria vida. Nesse mundo de fantasia, nessa época maravilhosa, vivia um pequeno menino, que vagueava pelas planícies e pelas montanhas, atravessava oceanos e desertos, conhecia Imperadores e Vagabundos, poetas e guerreiros, e era um menino muito especial, pois tinha o Dom da fantasia e a todos agradava com os seus feitos de heroísmo. O seu nome era Rodrigo,e esta é a sua