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A mostrar mensagens de novembro 15, 2015

Manda-me a saudade pelo ar.

A capacidade humana de desbravar nichos empedernidos, aquelas duras carapaças que todos vão carregando num tempo ou outro da existência, é espantosa, e merece muito justamente todos os filmes, músicas, livros e gente anónima sem palco visível que se aplica neste labor de desbaste afincado do "Homem-Bicho" como criatura acossada dentro dos seus medos e frustrações. É que todos levantam em seu redor, mais ou menos barreiras de defesa, mesmo em circunstâncias mais descontraídas, e a preciosa capacidade de adaptação em contra-corrente a este fecho cavernoso fascina-me imenso. Há dias, voltei a revisitar um velho romance que escrevi em 99, muito pela generosidade de um bom editor, que não tendo dinheiro ou contactos, ou abertura sustentada no mercado livreiro mais dinâmico e ultra-comercial destes tempos. Não tendo hipótese de exposição, mas mantendo o bom senso, continua a aplicá-lo na tenacidade das escolhas que ainda vai fazendo dos autores que publica.  O Jorge (

Cat attack

1. Trazer para dentro de casa pequenos animais mortos, e depois prostrá-los cerimoniosamente defronte de si, não é dádiva alguma mas sim um aviso. 2. Esgravatar com acessos de fúria excessiva o contentor de areia / receptáculo de dejectos. Depois de satisfeitas as devidas necessidades fisiológicas, o seu gato, num aparentemente inexplicável frenesi, escamoteia, muitas vezes com as patas traseiras, e em casos mais extremos de ira com todas as 4 patas, a areia do digno W.C. que lhe fornecemos, acabando por espalhá-la para fora do dito recipiente e em seu redor. Isto é comportamento textual de quem se treina para enterrar corpos. 3. Demonstrações absurdas de carência. Isto poderá confundi-lo, parecendo-lhe serem claros sinais de afecto, quando na realidade se trata de uma avaliação minuciosa que o seu gato lhe vai fazendo à óbvia fraqueza dos seus orgãos internos. O seu descanso, com a evidência de um gato sobre o seu peito ou barriga estará continuamente equiparado àque