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A mostrar mensagens de setembro 27, 2015

À mulher a quem conto histórias como quem reza.

A minha vida nada formigava em roda-vivente corria o ano de 1990. Era de uma tal timidez nesses idos anos que nem me atrevia a ver o filme " Verdes Anos ", com a devida atenção, com receio de ganhar musgo nas articulações da alma. Trazia paixões medianas encaixadas em todos os lados, a ver se um dia acertava naquela que me arrepiasse de cor a pele branca e macilenta. Todavia, como em quase tudo nos anos 90, sobretudo em homens ainda mal formados, de gerais patentes, mas escassos de experiência, não passava de um resto da exuberante década anterior. Logo eu, que nunca fui de modas! - Ainda uso roupas e calçado que guardei desses anos, mediante as flutuações permissíveis do peso atómico da carne. - Vinte e cinco anos depois, a moda acabou por me apanhar numa esquina vintage , e continuo tão azeiteiro como nessa altura. Aquele tempo todo foi engolido pelo mato selvagem, excepto um pedacinho. Uma porção quase insignificante de tempo, que, de todos os modos, poderia igualme