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A mostrar mensagens de fevereiro 12, 2023

Por fora do mundo.

  Se não apresentarmos presença regular em nenhuma rede social, o que somos? Alguém me disse que eu era um 'aborto', só por não estar. Outro, afirmou-me ser eu um ' dejecto ' do mundo contemporâneo. Lixo, basicamente. Há mais. Um amigo delineou melhor esta minha ausência deliberada: postulou-a assim: ' És fruto de uma minoria que ainda tem esperança...?' Quem, eu? Gostei tanto dessa frase que decidi vir aqui, ao 'meu mundo', expressar a minha secessão do mundo real, que é tudo menos isso. O mundo real de hoje, existe nas redes e quem lá não estiver, não existe. Logo, EU. não existo. Aos amigos que ainda se preocupam: estou vivo, meramente. Existo, por birra, mas, não farei mais parte de nenhum mundo que me obrigue a ser contribuinte para uma existência subjugada. Ando por aqui. Quem me quiser, encontra-me. Fácil!

Confundir os sentidos

O grosso destas nossas vidas são canções.  Pensem bem; onde melhor se ajustam aqueles momentos mais perfeitos ou terríveis? Na música. Admito aqui e ali algum poema, algum trecho sublime 'daquele' livro que me engendrou formas de me sentir justificado por existir, admito-o, sim, porém, foram sempre as canções da altura que me avançaram, detiveram, que me significaram.  Provavelmente vivi, ou vivo confuso com tanta coisa (não vivemos todos?), certamente que opto por uma postura que não é social, não é 'amiga' de ninguém. Escolhi a caverna em vez do prado. O buraco em vez do céu. A prisão liberta, em vez da liberdade agrilhoada. Se houve instantes de abertura, esses revestiram-se sempre de sons. Onde melhor me encaixaria, nisso, nessas músicas. Como se houvessem outros que me sentissem igual e que, só por isso, me fizessem parte. Me entregassem a justificação necessária para poder fazer parte. Para mim, foi sempre como se ouvir determinada música me dissesse que era exact