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As aventuras de Rodrigo - O Guerreiro Sonhador



Prólogo

Há muitos, muitos anos atrás, numa época de Dragões, criaturas estranhas, Cavalos Alados e Fadas, místicos feiticeiros, bosques encantados, Pássaros Gigantes, Reis e Princesas Encantadas, num tempo de céus azuis repletos de côr, inundados de luz e beleza, de corajosos cavaleiros reluzentes, heróis de bravura sem fim, e de malvados vilões de olhares sinistros e bigodes empinados, num tempo onde a imaginação dos homens não se detinha em sonhos pela noite, mas renascia no nascer de cada dia, prosperando em contos e relatos fantásticos de batalhas inacreditáveis e feitos de coragem além da própria vida. Nesse mundo de fantasia, nessa época maravilhosa, vivia um pequeno menino, que vagueava pelas planícies e pelas montanhas, atravessava oceanos e desertos, conhecia Imperadores e Vagabundos, poetas e guerreiros, e era um menino muito especial, pois tinha o Dom da fantasia e a todos agradava com os seus feitos de heroísmo. O seu nome era Rodrigo,e esta é a sua história.


Continua...

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A queda de um anjo triste.

Desafogados brilhos desta existência, quis olhar em frente, e vi somente escuro. Escuro, escória, lixo, lama e penetrante breu. Quis seguir em frente e não mo permitiram. Quis marcar presença, caí, e fui banido. Quis viver, e fui marcado a fogo com o rótulo do nada. Malditas palavras que me acendem esta vivência, pudera eu ser livre, e não viver por trás deste muro. Ser vento, ou poeira, e correr solto pelo esplendor deste céu. Malditas palavras que de mim emergiram, ainda mal as proferia, e já as via, abafadas em seu ruído, como se fossem pássaros, abatidos em revoada. Como eu mesmo, abatido assim, em tenra idade. Mas sosseguem, pois sou coisa irritante que insiste em não morrer. Malogrado pela estupidez do desprezo, sou, ainda assim, Homem! Homem! Homem... Estou vivo, e não desabo. Desafogado percurso que ainda mal começa, não verás teu fim nesta desdita amordaçada. Quis dizer o que quis, e não me faltou a vontade. Mais fáci

António Ramos Rosa, in "O Grito Claro" (1958)

A ilusão de morrer.

Aqui estou no pouco esplendor que expresso. A tornar-me mais e mais fraco à medida que envelheço e perco a parca noção de humanidade que um dia posso ter tido. Só antecipo resultados finais de má sorte. Dor, doenças malignas de inescrutáveis resultados, possibilidades de incontáveis suicídios sem paixão, paragens cardíacas no galgar das escadarias de S. Francisco. Atropelamentos fatais nas intersecções de estradas mal frequentadas. Facadas insuspeitas pelas noites simples de uma pacata Vila do Conde. Ontem quis ir à médica de família, talvez me pudesse passar algum veredicto. Não fui capaz. Não admito os médicos e as suas tretas 'new age'. Há menos de meio-século atrás, esta mesma inteira profissão fumava nos consultórios e pouco ou nada dizia sobre pulmões moribundos. A casa na praia valia mais que o prognóstico verdadeiro impedido. Aqui estou, contudo. Ainda aqui estou. Trapos e lixo vivem melhor as suas existências que eu. Escrevo isto, bebo, escrevo, mais três cigarros. Que