Nunca se dilui entre a escuridão
se perfaz na esperança de luz,
ou se curva assustado por entre os caminhos.
É um rochedo constante que as tempestades nunca alteram.
A estrela mais fixa a todos os caminhantes errantes
o brilho claro, mas sem matéria,
que jamais se torna joguete do tempo.
Mesmo que a carne o sofra, no peso da sua fúria.
Fica monólito, algures uma presença etérea,
também.
E uma falsa partida, ele é aos sobretudo ignorantes,
mais um caminho errado, uma artéria
suja de tanta errada miséria,
onde se desavindam os maus amantes.
Não é produto nem inspiração de algum tempo de bem
só deita sangue desgovernado da sua insensatez venérea.
Ele é escrito mas lido jamais.
Pobre azul que nunca conheceu os pais.
Triste mar sem praia mais além.
Contudo ou nem por isso,
fez grato o caminho contrário à desidéria.
Comeu a crueza dos dislates de seus mandantes.
E morreu impróprio pelos dentes dos canibais.
Se tudo isto for falso e o provarem assim,
nunca o escrevi
e desde sempre até ao fim
absolutamente alguém amará outro alguém,
exactamente,
como previ.
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