Três génios em uma só entrevista...
Considerando o acervo, ponto por ponto, destes três cineastas aqui entrevistados, torna-se impossível não fazer um apanhado do que de melhor se fez em cinema de 'terror', durante as décadas de 70 e 80 do século passado.
Nem vou perder tempo a enumerá-los, a lista seria longuíssima, em especial no que diz respeito a John Carpenter e David Cronenberg. Já Landis (John) fez deliciosos desvios pelas comédias, inclusive os seus grandes momentos de horror, deambulam igualmente por esses meandros cómicos.
Será talvez difícil, nos dias de hoje, ressalvar estes pioneiros que provavelmente já poucos conhecerão, e, ainda menos terão admiração pelo corpo do seu trabalho.
Acreditem. Estes homens, e mais alguns que lhes são anteriores mas contemporâneos, como George A. Romero e Wes Kraven, todos eles cinéfilos, admiradores do passado que lhes motivou e incentivou, que lhes inspirou a pujança para desbravarem um género que, apesar de omnipresente por quase todas as décadas do cinema - como tão bem diz John Landis - parecia destinado ao escalão B ou Z das categorias cinematográficas pós anos 60, foram os seus precursores, e, senão mais, merecem esse crédito.
Este particular género de cinema foi sempre o mais experiamentalista de todos, todavia, após as décadas de 30 e 40 com os filmes da Universal, e também depois do evento dos filmes dos estúdios Hammer nos anos 60, o cinema de terror, estagnou em uma fórmula exausta que poucos sustos já fazia.
Surgem então estes três indivíduos e aquilo que produziram ficou para sempre no imaginário de todos. Estas duas décadas, e no que ao horror diz respeito, para sempre carregará as suas marcas. Quase todos os seus filmes, por uma razão ou outra, se tornaram filmes de culto. E, em boa verdade, a grande maioria deles merecem-no intrinsecamente.
Falo de filmes que repetidamente foram emulados, repetidos, amalgamados em menores matérias, por vezes até copiados quase até ao limite do plágio. Menciono o trato com que as suas obras, pelo futuro fora, foram re-aquecidas em um distrate claro e rendido ao lucro apenas, abandonando a sua genialidade e cuspindo apenas fac-símiles de grandes filmes que jamais conseguirão ser replicados.
E nem menciono as suas próprias influências europeias. Enormes cineastas como Dario Argento, Alfred Hitchcock, Lucio Fulci, Val Guest, Michael Powell e Frederico Fellini, que lhes impregnaram o imaginário e subsequente carreira.
São todos pequenos génios que me agarraram desde o primeiro filme, e que continuam a amarrar-me à sua premissa: o dinheiro não importa, só a criatividade!
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