Dia a dia o silêncio, a paz, a macieza cinzelavam com o maior apuro todos os segundos, e em seguida revestiam-nos de vidro. Sob a gigantesca abóbada, as cores pareciam inacessíveis, ocres, e as formas ténues, indivisíveis. Ambas de uma beleza tão forte que jamais se poderiam repetir.
Tudo possuía a transparência e a fragilidade do vidro, soprado constante e no sossego e na luz que jamais se quebrava, excepto quando o hálito dos homens o penetrava.
Homenagem ao cineasta underground Jonas Mekas, baseado no título de um dos seus mais belos filmes.
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(1922 - 2019) |
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