Muito pouco se admite do que, embora possa ser ilegal, é sobretudo absolutamente irrazoável. (Para mim pelo menos.)
Uma destas coisas é o trabalho dos artistas que não se negoceiam a recibos, nem a chupa-chupas, pedras coloridas, alvíssaras de abraço, ou gratificações arvoradas com belos corações pulsantes na redes sociais, artistas que trabalham a custo zero. Pior, a menos um, pois só assim são considerados, pelo valor negativo da sua despesa.
Pessoas extraordinárias que passam por baixo das linhas só porque elaboram trabalhos criativos que não se embutem em qualquer caixinha nos impressos oficiais, e isto independentemente da área onde pairem. - Que são muitas mais do que se imagina - Assim que, estes fabulosos facínoras, estes delicados brutos, estes marialvas das artes, postos ou pondo-se na exclusão da rede, por assim dizer, muito além do vasto descampado da brutal fiscalidade, acabam, evidentemente como foras-da-lei. E ai de quem levante a voz em seu socorro! Outros iguais calaceiros que nunca pregaram um prego ou faliram um banco, vão todos levados na mesma rede e por isso muitos se silenciam.
Fogem estes miseráveis criativos à condição taxativa do normal contrato de compra-e-venda que, convenhamos, rege e se insurge omnipotente sobre qualquer possível transação onde um trabalho possa vir a ser trocado por dinheiro (metal-vilão). - Sim, porque o artista come também, e veste-se de roupas e dignidade e tem serviços e rendas e empréstimos para pagar no e do seu lar, e terá quiçá também família, pois diz-se muito dos artistas que são propensos à prática da cópula e isto por vezes dá frutos, que, admitamos, lhes dobra, triplica e por aí fora, todos os itens anteriores. E tem sobretudo orgulho de ser artista, e de trabalhar como tal, e assim, fica já tudo explicado, creio eu. Mas nunca fica realmente, pois não?
Uma destas coisas é o trabalho dos artistas que não se negoceiam a recibos, nem a chupa-chupas, pedras coloridas, alvíssaras de abraço, ou gratificações arvoradas com belos corações pulsantes na redes sociais, artistas que trabalham a custo zero. Pior, a menos um, pois só assim são considerados, pelo valor negativo da sua despesa.
Pessoas extraordinárias que passam por baixo das linhas só porque elaboram trabalhos criativos que não se embutem em qualquer caixinha nos impressos oficiais, e isto independentemente da área onde pairem. - Que são muitas mais do que se imagina - Assim que, estes fabulosos facínoras, estes delicados brutos, estes marialvas das artes, postos ou pondo-se na exclusão da rede, por assim dizer, muito além do vasto descampado da brutal fiscalidade, acabam, evidentemente como foras-da-lei. E ai de quem levante a voz em seu socorro! Outros iguais calaceiros que nunca pregaram um prego ou faliram um banco, vão todos levados na mesma rede e por isso muitos se silenciam.
Fogem estes miseráveis criativos à condição taxativa do normal contrato de compra-e-venda que, convenhamos, rege e se insurge omnipotente sobre qualquer possível transação onde um trabalho possa vir a ser trocado por dinheiro (metal-vilão). - Sim, porque o artista come também, e veste-se de roupas e dignidade e tem serviços e rendas e empréstimos para pagar no e do seu lar, e terá quiçá também família, pois diz-se muito dos artistas que são propensos à prática da cópula e isto por vezes dá frutos, que, admitamos, lhes dobra, triplica e por aí fora, todos os itens anteriores. E tem sobretudo orgulho de ser artista, e de trabalhar como tal, e assim, fica já tudo explicado, creio eu. Mas nunca fica realmente, pois não?
Todavia, é importante salientar aqui a palavra mais relevante que é: trabalho. Os artistas que querem trabalhar, mas, dado serem desconhecidos, ou estarem parados à tanto tempo, ou serem cabeludos ou da esquerda ou da direita ou de qualquer motivo rapidamente encontrado para justificar-se não lhes pagar, acabam sumariamente remetidos a uma condição de se tornarem inimputáveis à comum empregabilidade. Comum no sentido mais lato de: "fazes-me isto, pago-te aquilo", inimputabilidade tão curiosa e prevaricante quanto trágica. Não lhes pagam, ou não lhes querem pagar, ou pior, os potenciais contratadores, crêem que estas criaturas, que parecem cair sem parar em uma espécie de limbo, não são de todo consideráveis para serem pagas. São foras-da-lei, logo, o melhor é calarem-se muito caladinhos também e fazerem o que se lhes pede, se sabem o que é bom para o currículo.
E assim surgem músicos a quem lhes pedem concertos 'solidários', pagos com um par de sandes de queijo e umas cervejas. Artistas plásticos que se deveriam sentir mais que orgulhosos por doarem os seus trabalhos às autarquias ou aos 'amigos' ou ao Estado, porque é uma forma de se elevarem, de se imporem como nome próprio que, possivelmente, um dia poderá vir a ser considerado para a gota da fama, e consequentemente, para encomendas reais.
O mesmo ocorre com os escritores e os poetas e os argumentistas e dramaturgos, rigorosamente todos aqueles que lançam palavras ao papel e ninguém liga. São estes presas fáceis para os agiotas da arte, os prestamistas da cultura, que só vislumbram o bom negócio e jamais a potencialidade destes.
É só problemas!! Só problemas que me deixam tão danado por não ter nascido com genes de filho-da-puta.
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