No próximo dia 11 de Novembro, o mundo irá certamente promover a celebração do centésimo aniversário do último dia desta guerra. A décima primeira hora, do décimo primeiro dia do décimo primeiro mês em que a humanidade finalmente gritou basta!
Contudo, tão insensata guerra (Não serão todas assim? São pois!) foi onde o Homem se apercebeu de que as guerras já não eram aquela coisa galante e nobre de outrora, que nos impulsionavam a elas com um sorriso garboso nos lábios e uma atitude desprendida de medos no espírito. Esta guerra mostrou-nos a nossa bestialidade oculta, o nosso grotesco lado mais cruel e então terá sido dito: "Ser esta a guerra para terminar todas as guerras.." - Sabemos bem que não o foi, e sabemos também, que todos nós, como membros da raça humana, não nos permitimos a libertação deste desolador móbil de 'se fazer a guerra', de nos atirarmos à nossa própria destruição e desgraça, porque, a guerra, move-nos e ganha-nos e perde-nos muito mais em simultâneo.
Esta guerra, mais do que muitas, até mesmo mais que a outra que se lhe seguiu vinte anos depois, foi realmente a mais ridícula de todas, e mesmo assim, nada aprendermos.
O exímio trabalho de recolha, colorização e sonorização de imagens de arquivo recolhidas pelos numerosos 'heróis' que as captaram durante os quatro anos deste conflito, é absolutamente essencial e documentalmente importante para o correcto entendimento deste perfeito absurdo que foi a 1ª Grande Guerra. - 7 mil portugueses perderam a vida nesta hecatombe e milhões de outros, de quase todas as grandes nações deste mundo. Após o já extensivo e retumbante registo concluído em 2009 sob a égide da 2ª Grande Guerra, é de atentar a evolução dos seus responsáveis: Isabelle Clarke e Daniel Costele como maestros deste novo projecto de 2014 sobre a primeira guerra. Absolutamente imperdível.
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