Rais' partam os prémios literários que só contemplam ou autores (de editoras que possuem os recursos para lhes enviarem os exemplares requeridos) e que publicaram no ano anterior ou jovens, crianças até, em alguns casos, pululantes ranhosos cheios de acne e arrogância sem fim, impregnados de uma qualquer bravata literária, que continuo sem entender, de quererem ser escritores pela mera noção de que os escritores são especiais. É aquele ensejo grotesco e ilusório de se verem publicados, seja como for ou por quem for. (já me deixei desse pesadelo)
Resta uma panóplia de 'licitações' inglórias, tiros no escuro em clara evidência, a concursos viciados de inúmeras autarquias. Mandam-se uns 'mails' com o manuscrito anexo e esfrega-se a pata do coelho, ou lambe-se o trevo, aguardando alguma sorte vinda do espaço dos deuses decisores. - Que grande enxovalho!
Na verdade, o 'autor' gasta o seu parco dinheiro a imprimir três ou cinco exemplares do seu manuscrito (dependendo do número de glutões que constituem o júri de tal concurso) e, inevitavelmente desespera continuamente por nunca ser escolhido, pois há que dar primazia ao sobrinho desempregado do vereador das obras públicas. Um rapaz muito bem posto, sobretudo na parte em que percebeu que, se enviasse quaisquer mil palavras escritas em sequência poderia contar com o seu tio para lhe financiar os próximos três meses de alimentação feita à base de McDonald's.
Portanto, foda-se!
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