Avançar para o conteúdo principal

Ver prémios como Unicórnios


Rais' partam os prémios literários que só contemplam ou autores (de editoras que possuem os recursos para lhes enviarem os exemplares requeridos) e que publicaram no ano anterior ou jovens, crianças até, em alguns casos, pululantes ranhosos cheios de acne e arrogância sem fim, impregnados de uma qualquer bravata literária, que continuo sem entender, de quererem ser escritores pela mera noção de que os escritores são especiais. É aquele ensejo grotesco e ilusório de se verem publicados, seja como for ou por quem for. (já me deixei desse pesadelo) 
Resta uma panóplia de 'licitações' inglórias, tiros no escuro em clara evidência, a concursos viciados de inúmeras autarquias. Mandam-se uns 'mails' com o manuscrito anexo e esfrega-se a pata do coelho, ou lambe-se o trevo, aguardando alguma sorte vinda do espaço dos deuses decisores. - Que grande enxovalho!
Na verdade, o 'autor' gasta o seu parco dinheiro a imprimir três ou cinco exemplares do seu manuscrito (dependendo do número de glutões que constituem o júri de tal concurso) e, inevitavelmente desespera continuamente por nunca ser escolhido, pois há que dar primazia ao sobrinho desempregado do vereador das obras públicas. Um rapaz muito bem posto, sobretudo na parte em que percebeu que, se enviasse quaisquer mil palavras escritas em sequência poderia contar com o seu tio para lhe financiar os próximos três meses de alimentação feita à base de McDonald's.
Portanto, foda-se!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A queda de um anjo triste.

Desafogados brilhos desta existência, quis olhar em frente, e vi somente escuro. Escuro, escória, lixo, lama e penetrante breu. Quis seguir em frente e não mo permitiram. Quis marcar presença, caí, e fui banido. Quis viver, e fui marcado a fogo com o rótulo do nada. Malditas palavras que me acendem esta vivência, pudera eu ser livre, e não viver por trás deste muro. Ser vento, ou poeira, e correr solto pelo esplendor deste céu. Malditas palavras que de mim emergiram, ainda mal as proferia, e já as via, abafadas em seu ruído, como se fossem pássaros, abatidos em revoada. Como eu mesmo, abatido assim, em tenra idade. Mas sosseguem, pois sou coisa irritante que insiste em não morrer. Malogrado pela estupidez do desprezo, sou, ainda assim, Homem! Homem! Homem... Estou vivo, e não desabo. Desafogado percurso que ainda mal começa, não verás teu fim nesta desdita amordaçada. Quis dizer o que quis, e não me faltou a vontade. Mais fáci...

Acerca de Anderson's...

Hollywood é um gigantesco cadinho demente de fumos e fogos fátuos. Ali se fundem todos os sonhos e pesadelos possíveis de se imaginar.  Senão, atentem, como mero exercício, neste trio de realizadores, que, por falta de melhor expressão que defina o interesse ou a natureza relevante deste post, decidi chamar-lhes apenas de os " Anderson's ". Cada um mais díspar que o outro, e contudo, todos " Anderson's ", e abundantemente prolíficos e criativos dentro dos seus géneros. Acho fascinante, daí querer escrever sobre eles e, no mais comum torpe da embriaguez, tentar encontrar alguma similitude entre eles, além do apelido; " Anderson ". Começarei por ordem prima de grandeza, na minha opinião, e é esta que para aqui interessa, não fosse este um blogue intrinsecamente pessoal onde explano tudo e mais qualquer coisa que me apeteça. Sendo assim, a ordem será do melhor para o pior destes " Anderson's ".  O melhor : Wes Anderson .  O do meio : Pau...