Avançar para o conteúdo principal

Cápsula do Tempo...


... de um tempo de cabelos armados em excesso de laca e bigodinhos enxutos à 'porn-star' bem fingida no abono das virilhas. Pudendo ter nascido antes do tempo, seria um Fred Schneider ainda mais cromo que o próprio. Tão lindos e bizarros! O Keith, a Cindy, a Kate, o Ricky e o desbragado Fred com o seu olhar constantemente embriagado. 
Queria que fosse hoje a primeira vez que os ouvi, para poder cair para o lado novamente. A estupefacção foi-me injectada. Só dói ter-me esquecido quem me ofereceu o "Cosmic Thing" naquele meu aniversário longínquo. De resto continuo caído em torpor. De espanto somente. De intensificado assombro. 


Fui buscar uns discos antigos e passei uma parte da tarde a ouvi-los. Continuam a pôr-me movimentos involuntários nas ancas e canções na boca que não tem nem um terço do timbre da Cindy para as cantar. Porra! - Quase trinta anos depois ainda me espantam as teias de aranha da má disposição. Isto é coisa de enorme importância para um problema humano que tem o meu nome. Devo ter feito alguma distensão, mas foi uma tarde boa a completar a fantástica manhã. Talvez nem fosse sem os B-52's. Obrigado pela cama desarrumada e o quarto feito em zona de guerra. A minha mãe desaprovava-vos, porém, o que eu não saltei naquele bocadinho de espaço astronómico, convosco, aos gritos. Fi-lo cheio de gosto. Hoje, voltei a fazê-lo.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

A queda de um anjo triste.

Desafogados brilhos desta existência, quis olhar em frente, e vi somente escuro. Escuro, escória, lixo, lama e penetrante breu. Quis seguir em frente e não mo permitiram. Quis marcar presença, caí, e fui banido. Quis viver, e fui marcado a fogo com o rótulo do nada. Malditas palavras que me acendem esta vivência, pudera eu ser livre, e não viver por trás deste muro. Ser vento, ou poeira, e correr solto pelo esplendor deste céu. Malditas palavras que de mim emergiram, ainda mal as proferia, e já as via, abafadas em seu ruído, como se fossem pássaros, abatidos em revoada. Como eu mesmo, abatido assim, em tenra idade. Mas sosseguem, pois sou coisa irritante que insiste em não morrer. Malogrado pela estupidez do desprezo, sou, ainda assim, Homem! Homem! Homem... Estou vivo, e não desabo. Desafogado percurso que ainda mal começa, não verás teu fim nesta desdita amordaçada. Quis dizer o que quis, e não me faltou a vontade. Mais fáci

António Ramos Rosa, in "O Grito Claro" (1958)

Três!

  Fui e sempre serei um ' geek '! - Cresci com o universo marvel nas revistas que lia em um quase arrebatamento do espírito em crescimento. O mesmo aconteceu-me com " Star Wars" , e com praticamente todos os bons  franchises que me animassem a vontade.  Quando este universo em particular, ( marvel ), surgiu finalmente em forma de cinema, exultei-me, obviamente. Mais ainda quando tudo se foi compondo em uma determinação de lhe incutir um percurso coordenado e sensato. Aquilo que ficou conhecido como MCU (Marvel Cinematic Universe). A interacção pareceu-me perfeita. Eles faziam os filmes e eu deliciava-me com os mesmos. Isto decorreu pelo que foi denominado por fases. As 4 primeiras atingiram-me os nervos certos e agarraram-me de tal maneira que mormente uma falha aqui ou ali, não me predispus a matar o amor que lhes tive. Foi uma espécie de idílio, até a DISNEY flectir os músculos financeiros que arrebanhou sabe-se lá como, e começar a comprar tudo o que faz um '