O criticismo cego consegue ser tão imobilizador. Paraliza mãos sonhadoras e mentes próprias, sem dono. E ainda não lhe descobriram cura química ou terapêutica que lhe faça frente eficazmente. Não se trata apenas da dor insensata que provoca a paralisia inicial, mas sim do choque séptico que a faz perdurar muito tempo após.
O terror do fracasso motivado por críticas inflexíveis pode ser tão danoso a quem cria, que por vezes, este vacila, e até se convence ser mais conveniente não criar de todo.
Qualquer crítico, profissional ou amador, havia de ter presente a noção de que, o seu objecto, por ser fundamentalmente humano, nunca beneficiará desse desporto de tiro ao alvo, se pelo meio, não for disparado nenhum ponto positivo que o sossegue temporariamente do afluxo de frustrações. Creio ser razoavelmente simples colocarmo-nos todos dentro dos sapatos d'outrém e imaginarmo-nos num dia a dia constante de absoluta negatividade; não há força de vontade férrea que o aguente!
Ainda ressoam em mim umas quantas palavras, mas mais que essas, a deambulação terna pelo que há de mais fundamental em nós. A memória, individual e colectiva, como acto de resistência. A construção do que somos desenhada como encenação que se vai materializando ali, estilhaçando umas quantas fronteiras. Um espectáculo radicalmente belo.
Ainda ressoam em mim umas quantas palavras, mas mais que essas, a deambulação terna pelo que há de mais fundamental em nós. A memória, individual e colectiva, como acto de resistência. A construção do que somos desenhada como encenação que se vai materializando ali, estilhaçando umas quantas fronteiras. Um espectáculo radicalmente belo.
Portanto, senhores e senhoras críticos, apresentem o vosso criticismo em doses moderadas, quem sabe até, generosamente salteadas com uma pitada de positivismo para a malta não desanimar de todo. A mediocridade de hoje, pode ser a genialidade de amanhã. Não existem fórmulas que não estejam condicionadas por quem as dita, e quem cria, grosso modo, não o faz a imaginar nenhum mercado específico, fá-lo porque não consegue fazer de outro modo, até que lho mostrem. Pensem nisso. (Amigos sobretudo.)
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