Aos poucos, começo a sentir um incrível descrédito por tudo, mas, em particular pelo correio electrónico:
"Não o podemos usar/aceitar neste momento."
"Não captou o nosso interesse."
"Não se enquadra com as nossas necessidades."
"Só estamos a editar livros comparticipados pelos próprios autores."
"A sua obra não se enquadra na nossa estética."
"Não está conforme os nossos planos editoriais."
"Vamos ter de recusar."
"Lamento, mas falhou em criar ressonância connosco."
"Não é algo que que estivessemos dispostos a publicar."
"De momento, não possuímos espaço para adquirir mais clientes." (excepto se for algo realmente inovador).
"Não somos uma editora livreira ainda que gostássemos de poder vir a ser."
"Em virtude da nossa diminuta planificação editorial e da necessária selecção de originais que temos de fazer, não nos será possível considerá-la para publicação."
"O plano editorial está completo, pelo que não podemos publicar a sua obra."
"Não é aquilo que procuramos."
"Não é algo que se destine a esta editora."
"O nosso grupo editorial não se entusiasmou com a sua publicação."
"(...) Recomendamos que compre/leia a nossa revista online."
"Não temos lugar para o seu trabalho, mas obrigado por nos ter escolhido."
"O nosso grupo de aconselhamento decidiu não o propor para publicação."
"Temos a nossa programação encerrada por mais de um ano.
Continue, ainda assim, a apoiar-nos."
Saudades dos tempos do correio físico, o correio humano e normal, que não escapava em nada aos mesmos proformas de agora, mas deixava-nos uma carta de rejeição nas mãos, estampada e assinada e suficientemente frustrante para podermos criar um relicário de rejeições nalguma parede nua pela casa.
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