A grande beleza da blogosfera, é a sua independente individualidade. Aqui não é preciso fingir coisa nenhuma. Como a exposição é mais reduzida, e também regida pela distância do tempo, não existe essa preocupação. E convenhámos, não há imediatismo também. As outras redes sociais, isolam-nos mais do que nos agregam, fazem-nos "maus" apesar de todos se esforçarem demasiado para serem "bons". - É mais ou menos assim como alguns bancos recentes.
Aqui não. Aqui a calma da liberdade impera, e não existe nem censura, nem bloqueios, nem "desamigos", nem incertezas, ou outras chatices de naturezas obscuras. Aqui eu não me importo de ser quem sou, no Facebook, era aquilo que ninguém gostava, e tinha de o ser todos os dias, não fosse alguém lembrar-se de me "gostar", de facto. A diferença, pode até não parecer tão óbvia, mas, como buscamos todos incentivos e aplausos, TODOS, instala-se cá dentro, uma espécie de frustração duradoura quando isso não acontece.
Esmorece-se tanto face a um mundo negativo, imagino que é exactamente por isso, que ninguém me "quer" por perto, naquela rapidez sociopata do Facebook. Eu não vejo um bom mundo, e aquele que vejo, é meu, está aqui, cai dos meus olhos para os meus dedos e fica assim descrito. Se tenho pena de ser assim? - Claro que tenho. - Há-de ser tão bom gostar de frases feitas, positivistas, de gatinhos fofos e de vídeos idiotas. Deve de ser incrível a divina catarse de se escrever as maiores parvoíces e sermos levados em ombros por legiões, só por isso. De se encarar tudo sempre de queixo erguido, ainda que mais desesperados a cada perfeito nascer do sol. Que maravilha poder contar tudo e contar com todos em redor. Que elevação tremenda! - Suponho que adoptei a velha máxima: Se não os podes vencer, manda-os foder! - E isto tem resultado muito, muito mal. Enfim...Há uma caixa de comentários aqui em baixo, por favor.
Comentários
Enviar um comentário
Este é o meu mundo, sinta-se desinibido para o comentar.