Regresso devagar ao teu sorriso,
como quem volta a casa com vontade.
Faço de conta que não é nada comigo,
mas depois penso melhor:
Sou tolo por pensar que não o preciso,
e distraído, percorro um caminho que já é só saudade.
Pequeninos olhares que negados são mero castigo,
e que inflamam a paixão até ao osso da dor.
Digo o teu nome em voz alta, como um louco.
Como um louco grito-o, pelo sim e pelo não.
E o teu nome acende ainda mais o meu desejo,
nunca pensei perder-me assim!
É um mistério infalível que não apouco.
Que atrevimento foi desperdiçar um beijo tão...
Ah dane-se! Regresso devagar onde me revejo,
num começo sem medo que chegue ao seu fim.
Agora já sei que os beijos tem um olhar fulgurante,
movendo-se à volta de um fogo que grita gemidos.
Talvez seja isto um sonho apenas, nem sei.
Fujo do que sei, porque eu nem interesso.
Fica. Luminosamente como minha amante,
ouvindo-te dentro de mim, perdida de sentidos,
correndo solta como te imaginei,
naquele lugar saudoso onde devagar eu regresso.
Gostei imenso destes versos do regresso, Casimiro!
ResponderEliminarMuito obrigado Dulce, é um prazer sentir as suas palavras. Beijinho.
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