O meu mui humilde livrinho, sendo mencionado, quase como que em metatexto, nesta tão intrigante história do meu amigo António J. de Oliveira. Muito bom.
"Tacteei sobre a mesa da cabeceira à procura do interruptor que ligava o candeeiro avermelhado depositado sobre o napperon de renda fina que lhe cobria o tampo, esfreguei com ambas as mãos as pálpebras feridas pela claridade instantânea, abri-as novamente, ao lado continuava abandonado o “Governo Sombra”, um empolgante relato dessa mesma sombra que atormenta agora a minha velhice, as horas paradas, vividas numa veemente contenção de gastos e custos porque o dinheiro, ou a falta dele, não dá para nada… e de nada se constituía a minha velhice! E de nada era constituída a velhice de tantos!... Tantos!... Meu Deus!... Tantos…"
In: "Resquícios de Humanidade" de António J.de Oliveira -
Colectânea Contos do Nosso Tempo
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