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Opinião no ...viajar pela leitura...

Mais uma vez, os meus sinceros agradecimentos à Paula Teixeira, do blogue: ...viajar pela leitura... pela maravilhosa opinião que aí publicou sobre o meu livro: "Governo Sombra". É decerto um prazer, uma enorme satisfação, aquele que assiste a todos quantos expõem os seus trabalhos aos olhos do público, e depois recebem, como réplica quase imediata, uma visão tão próxima, e quase tão detalhada, quanto aquela que pretenderam transmitir. Suponho que, para uma compreensão total deste livro, como de outro qualquer, estará implícita e obviamente clara, a necessidade de lerem o mesmo, pois a seu o de seu dono, e cada um lá fará a sua própria interpretação, como deve de ser, contudo, nunca é demais salientar, quase à laia de um prefácio, a opinião de alguém, que já o leu, e que assim o explica tão bem. Obrigado Paula.

Comentários

  1. Anónimo11:13

    Saudações!
    Deparei-me com este blog a partir do «viajar pela leitura» e como eu próprio estou em vias de finalizar o meu thriller policial, gostaria de lhe colocar uma questão relativa à estrutura do seu livro. Por quantas palavras é composto o seu livro? E por quantos capítulos? Tenho consultado alguns artigos que versam sobre a extensão da obra para a sua denominação (se conto, novela ou romance) e como lançou o seu livro há pouco tempo, gostaria que me esclarecesse. Já agora: tratou você mesmo da capa e da revisão do mesmo?
    Atentamente,
    David Mattos

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  2. Anónimo21:48

    Cito as suas próprias palavras de «Tristeza» depois de ter solicitado um pedido de ajuda a um autor, que o vexou:

    «Não existe solidariedade entre autores, foi a conclusão a que cheguei, sobretudo se os patamares entre eles forem demasiado desnivelados, e o espírito humano dos mais proeminentes se encontrar infetado pelo vírus da arrogância.
    ...
    Pauto-me agora por uma postura de humildade que só se adequa a quem tudo tem a ganhar com isso, mas também porque acredito que a presunção da fama é o crivo que mata a elevação do génio.»

    Não posso deixar de entender, pelo comentário que assinei acima e que foi publicado, mas ignorado, que você não é diferente do autor que o exovalhou. Parece-me que o mais importante para si seja o número de comentários que consta no blog (que é irrisório, sejamos honestos, até porque mais do que muitos são os seus próprios comentários) e não os que são que leitores que buscam uma informação ou opinião, apressando-se a publicar o dito comentário mas a nem sequer ligar «puto». Você fala em pautar-se pela humildade... Qual?

    Faço igualmente parte de um clube de leitura que se reúne amiúde na biblioteca do concelho e partilharei com eles esta experiência. A minha opinião por si mudou. Por si, sinto o que usou para finalizar o seu post: «Muito lamento que assim seja, não pelas palavras propriamente ditas, mas pela imagem idealizada desse bom escritor, que morreu hoje para mim».

    Não fui rude para consigo e apenas tive a audácia de o interpelar porque me revi em si. Estava enganado. Publique ou não este comentário, para mim dá no mesmo, embora saida que este não lhe convém e como tal será ignorado. Escritores assim não vão a lado nenhum, quando o seu carácter e a dupla face se mostram.

    Ainda tenho esperança que se digne a responder ao meu comentário e que me faça mudar de ideias, mas talvez seja a vã esperança que a época natalícia consagra...

    DM

    ResponderEliminar
  3. Olá David, como vê publiquei ambos, e por dois motivos muito importantes para mim: Primeiro, porque não tenho dois rostos, nem duas índoles diferentes, segundo, porque se coloco aqui os meus pensamentos e opiniões, e deixo a caixa de comentários aberta, é com a intenção de que, quem se dignar a lê-los e mostrar interesse por eles, os comente da forma mais franca e coerente que lhe aprouver, como foi o seu caso. Atempadamente, faço questão de sempre os responder, não porque me considero importante ou famoso (coisa que não o sou) mas porque realmente me tento pautar por uma humildade de carácter que muito valorizo, mas também, pelo apreço dessa mesma humildade em quem demonstrou interesse pelo meu trabalho, e desde já, lhe agradeço por isso, sobretudo pelo facto, que muito me agradou, de se ter identificado com a minha escrita.
    Aqui estou portanto, a responder-lhe com grande satisfação, e nem sequer o faço imbuído pelo espírito da época, apenas e só, porque todas as opiniões e questões são válidas e pertinentes para mim, e logo avanço para a resposta; antes de mais gostava de o esclarecer acerca da capa e da revisão do livro: nunca o envie para uma editora sem antes fazer um exame extensivo ao texto, leia-o e releia-o várias vezes, é claro que assim que receber o ok para a publicação, vai ter imensas oportunidades para o fazer, pois serão trocadas várias provas até ao resultado final, mas, por uma questão de brio profissional, nunca envie o texto com gralhas e erros, faça por o evitar, acredite na minha parca experiência, que não foi de todo positiva nesse sentido. Quanto à capa, a escolha final foi da editora, mas só porque me agradou muito a sugestão que me enviaram, e porque ía muito ao encontro daquilo que pretendia, é óbvio que o autor tem sempre uma palavra final nessa escolha, e você mesmo, tendo já uma opinião vincada daquilo que pretende, pode criar as suas próprias opções (eu, pelo menos, sei que o fiz.)
    Este meu livro em particular, suponho que, pela estrutura e volume, 60 capítulos, 308 páginas, 106411 palavras, poderá e deverá ser categorizado como um romance, foi a escolha que fiz para a construção da história, que evoluiu e cresceu quase por si só, mas posso lhe dar bons exemplos de autores de thrillers policiais que optaram pela estrutura da novela (ou quase-romance como agora alguns sábios o denominam) para edificarem excelentes histórias dentro desse género. O que quero dizer é que, a estrutura não é taxativa, apenas o conteúdo é que é relevante, e desejo-lhe imenso sucesso com a publicação do seu. Mas desde aqui o alerto para as actuais dificuldades que o super concorrencial mercado editorial apresenta neste momento, contudo, aconselho-o a nunca desistir. Se tiver interiorizada esse forte desejo de mostrar o seu trabalho, nunca, mas nunca desista.
    Espero ter podido ser de alguma valia nas minhas respostas, e quer mude ou não a sua opinião sobre mim depois deste comentário, quero que saiba apenas uma coisa: O que eu sou, é o que está aqui à vista de todos, e também nos meus livros. Não receio críticas ou opiniões negativas, apenas mentiras e difamações.
    Obrigado pelos seus comentários, faço muito gosto em voltar a vê-lo por aqui.
    Um bom Natal David!

    Casimiro Teixeira

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