Sou dono do meu caminho,
senhor do meu traço,
mestre da minha ideia,
de tudo a que fujo ou em que alinho,
que tenho por meu e faço,
e que dentro de mim se incendeia.
Não quero sequer ser poeta,
e se sou, não quero ser,
que importa chamarem-me assim,
e não quererem saber.
Lastimo-me num choro de boi,
desfaço-me em fumo maldito,
de noite é que eu sei,
desperta-se em mim um grito,
ao sonhar com o que já foi.
Não queiram entender nada,
não tentem,
não quero,
nem vale a pena,
foi, fiz!
Porque fui moço de vida, alegria,
e assim fui sendo feliz.
Mal sabendo eu que eu,
ai mal sabendo,
que tudo passou de uma euforia,
euforia, euforia, eu faria,
tudo de novo para ter (aqui),
o moço de vida alegria,
que em tempos vim a ser.
Mas nem interessa,
nem vale a pena.
Sou dono de tudo,
sou capitão da minha vida,
de mim sou eu rei,
mas saber o que fiz,
nem eu próprio sei.
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