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A Humidade no Yoga

Sejamos realistas, qualquer homem que decida integrar um 'estúdio' de Yoga, que maioritariamente é atendido por mulheres (é verdade, fui ver as estatísticas.) , mulheres dedicadas a melhorarem-se, é certo, mas mesmo assim, vendidas ao apelo daquelas indumentárias que envergam, porque são as roupas a isso destinadas, e portanto têm de as usar... porque..porque sim. Isto é demasiado errado! Eu sei. As mulheres devem (não) TÊM de ser livres para fazerem, serem e usarem o que desejarem. Porra! Se acharem o Yoga ridículo (como eu acho que é), afastem-se disso, não o façam. Se, por outro lado até quiserem fazer Yoga nuas, façam-na. É uma coisa que existe.(outra pesquisa que fiz.) - Nunca me excitarei mais com a nudez do que com o seu mistério. - A questão aqui prende-se com a natureza mais básica do ser humano. - Tanto homens como mulheres, vagueiam em um lodo primordial de excitações constantes. Estamos armadilhados para fodermos! - Somos assim, não há como contorná-lo. Assim que, a
Mensagens recentes

...Poderia ser maior! Poderia ser um escritor, em vez deste blogue vagabundo que... foda-se!

  "On The Waterfront" 1954 - Elia Kazan

Os meus 80's foram melhores que os vossos!

  Ron Howard, Steven Spielberg, Martin Scorsese, Brian De Palma, George Lucas, Robert Zemeckis e Francis Ford Coppola. O " Cinema d'Auteur " nunca é tudo para um cinéfilo. A intelectualidade exponencia e refina é certo, expõe-nos a mundos extraordinários de outras culturas e gerações, de outras vivências e expressões. Enriquece-nos, mas também nos cansa. Por vezes, a nostalgia intromete-se e sentimos aquele ardor sublime pelos filmes que também fomos vendo enquanto crescíamos, e depois partimos a buscar aqueles que os fizeram. A sua descoberta traduz-se em uma surpresa assaz agradável. Foram como nós . Ávidos exploradores de um cinema despistado da carreteira normal, comercial. Porque todo o bom autor busca o passado para se inspirar. Todo o grande artista se amanha na esperança de alcançar o mesmo nível de qualidade e estrutura daqueles que os antecederam. A única diferença entre nós, é que estes ousaram as suas próprias originalidades, sustentadas pelo seu amor pelo cin

O dilema daquele talento que nos faz.

  Tenho algum azedume em mim, tenho. Sou um corpo só feito de cogumelos a fruirem a podridão de imensas frustrações irresolvidas, ainda que encimado por um cérebro intacto, quase bonito, quase genial, mas, além disso, " Eu não sei se algum dia eu vou mudar ", mas sei que a nova geração de cantores/músicos/cantautores tugas, arranjou a perfeita fórmula para levantar vôo deste marasmo asfixiante que o panorama artístico português nos tolhe à nascença. Eu não quis nascer nesta sobra de mim. Porém, muitos quiseram e fizeram-no. Há uma geração inteira de músicos, músicos digo com saliva colada ao céu da boca, porque isto está mais gritantemente exposto nesta álea criativa, todavia não lhe seja exclusiva, e explora um filão que me engasga a boca de vómito pelos ouvidos. Estes artistas , ou alguém por eles, descobriram que se convidassem outrém de bom talento, ou melhor, de talento apenas, para cantarem ao seu lado, poderiam aspirar a algum sucesso. Deu, dá resultado! Assim que assi

Dia sim, dia não uma beleza antiga.

  Rita Hayworth

Saudades de ver bons filmes (XXV)

  Akira Kurosawa and Martin Scorsese no cenário de "Dreams" (1990)

Doze anos escravo!

  A vida, continua vertiginosa, como a montanha de onde desabei, e que jamais escalarei. Jamais! Estou certo disso, agora. Doze anos depois, continuo a querer ser escritor. - Mas que grande tolice! - E, dessa dúzia de vida, retiro a única lição possível: Apesar de todas as boas intenções das frases feitas, querer apenas não basta, nunca basta. É preciso sempre conhecer-se alguém que protagonize existência onde nós não conseguimos nem deitar um mero bafo de respiração à tona. E mais até, não basta apenas conhecê-lo, esse providencial mecenas inoportuno, necessitámos de alguma sinergia quase fantástica, de parte a parte, uma espécie de " quid pro quo " imperial, suficientemente sólido para nos conceder uma oportunidade de alcançar esse patamar místico onde, hoje em dia, um escritor, bom ou mau, existe de facto. Um bom editor, um excelente publicista, um magnífico gestor de carreira. Dois ou três autores já consagrados que nos dêem o seu aval, e escrevam qualquer treta sem grand

Altamira, ao entardecer. - Cap.3

    Cedeu a semana alguns dias à redução do regresso à desdita. Nenhum estafeta viera trazer-lhe a tragédia líquida aos pés da porta. A garrafa de Coca-cola, meia, continuava depositada incólume no suporte do frigorífico, justo até aquele dia fatídico. Humberto bebia 7 litros de uísque por semana. Sete litros exactos. Quase tão exactos como toda a sua vida. Ainda não tivera a experiência acolhedora de saborear uma pizza com amigos, nem sequer a regurgitante ocasional cerveja da adolescência. Aquilo era mais membrana que homem, todo ele dobras da cor mais pálido do sangue, todo ele um cheirete de peles, líquidos assombrosos de brancos e pêlos à mistura. Um produto recolhido da vida de antes agora. Fechado seria sempre uma fortaleza, aberto estaria perdido entre iguais. Aliás, Humberto só bebia assim tanto, por ser aquele macaquinho em todo o tempo que assistira ao pai fazê-lo. Só mijava sentado pelo mesmo motivo. Mal fazia ideia dos estigmas que os vícios e as idiossincrasias resgatam p

Viver é uma telepatia!

A Rita Lee morreu na segunda-feira. Tinha uma sanha qualquer nos pulmões, daquelas tinhosas que nos matam mesmo sabendo de antemão que nos vão matar de qualquer forma. Foda-se! E depois? Morreu, portanto. Faz todo o sentido, mas dói na mesma. É injusto ver morrer quem nos acudiu em tantos momentos de incerteza romântica. Quem sempre teve as letras exactas que nos comprometeram. A Rita tinha um poder especial e jamais fez pouco dele, só fez voz, só voz. E naquela tímida voz de tanto poder, todos nós nos inserimos e todos nos deixámos ali ficar. A música quando é assim poderosa exulta quem a ouve, e depois desaparece. Mas para que serve afinal? - Serve para isso. Para ser uma flor que nos desabrocha a todos. Que saudades daquele cinema, Rita. Que saudades da banheira repleta de espuma, daquele perfume, daquela mania de ti. Obrigado por tudo!