nos caminhos que já percorri
e pelo insustentável nevoeiro do futuro.
Traz horizontes mal soletrados na memória
como delírios propositados contra a lucidez.
O medo nunca se esforçou por esquecer,
o sossego do meu indestrutível baluarte.
Encontra-me, fustiga e mostra-me o que já esqueci.
O medo é egoísta, solitário, é duro.
Impacienta-o o curso mudado da minha história
e usufrui extasiado, o medo, um susto de cada vez
até morreres, oh medo, até um de nós morrer.
"Todos os Fogos são Fevereiro"
2017
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