Avançar para o conteúdo principal

Prognósticos só no fim do Jogo



Melhor que ganhar sem vencer, ou ser estrela sem brilhar, é dar provimento a uma fachada intemporal à casa mãe, sem saber como, e, mesmo assim, sair por cima.
A grande proeza do português nato é esta; tanto faz, tanto faz... no fim, nada faz! Só que depois, pelo milagre engarrafado do puro ar da N. Senhora de Fátima, lá atinge a efémera glória, seja por quem for: ou por que político não eleito ou por que seleccionador que nada vence.
Sou português grato. Gosto desta condição genética/geográfica. Fosse eu de outra piscina genética e este pequeno texto seria bem mais optimista, ou melhor, se calhar mais realista, bem menos cínico.
Portugal faz-me atravessar para o sobrenatural, para o reino dos santos e das mezinhas tão nossas. No fim de contas, há que encher o olho, que é isto que melhor fazemos, entretemos, somos uns maravilhosos "entertainers" dispersos por todas as praças e arrabaldes de gente internacional que ainda acredita piamente que tudo isto é real e providencial.
É que as vitórias morais contam mais aqui que em muitos outros lugares deste mundo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A queda de um anjo triste.

Desafogados brilhos desta existência, quis olhar em frente, e vi somente escuro. Escuro, escória, lixo, lama e penetrante breu. Quis seguir em frente e não mo permitiram. Quis marcar presença, caí, e fui banido. Quis viver, e fui marcado a fogo com o rótulo do nada. Malditas palavras que me acendem esta vivência, pudera eu ser livre, e não viver por trás deste muro. Ser vento, ou poeira, e correr solto pelo esplendor deste céu. Malditas palavras que de mim emergiram, ainda mal as proferia, e já as via, abafadas em seu ruído, como se fossem pássaros, abatidos em revoada. Como eu mesmo, abatido assim, em tenra idade. Mas sosseguem, pois sou coisa irritante que insiste em não morrer. Malogrado pela estupidez do desprezo, sou, ainda assim, Homem! Homem! Homem... Estou vivo, e não desabo. Desafogado percurso que ainda mal começa, não verás teu fim nesta desdita amordaçada. Quis dizer o que quis, e não me faltou a vontade. Mais fáci

António Ramos Rosa, in "O Grito Claro" (1958)

Três!

  Fui e sempre serei um ' geek '! - Cresci com o universo marvel nas revistas que lia em um quase arrebatamento do espírito em crescimento. O mesmo aconteceu-me com " Star Wars" , e com praticamente todos os bons  franchises que me animassem a vontade.  Quando este universo em particular, ( marvel ), surgiu finalmente em forma de cinema, exultei-me, obviamente. Mais ainda quando tudo se foi compondo em uma determinação de lhe incutir um percurso coordenado e sensato. Aquilo que ficou conhecido como MCU (Marvel Cinematic Universe). A interacção pareceu-me perfeita. Eles faziam os filmes e eu deliciava-me com os mesmos. Isto decorreu pelo que foi denominado por fases. As 4 primeiras atingiram-me os nervos certos e agarraram-me de tal maneira que mormente uma falha aqui ou ali, não me predispus a matar o amor que lhes tive. Foi uma espécie de idílio, até a DISNEY flectir os músculos financeiros que arrebanhou sabe-se lá como, e começar a comprar tudo o que faz um '