Este texto tocou-me realmente. Não se trata de nenhum texto extraordinário, duvido até que alcance o estágio endeusado do "viral" (riso). Tocou-me em sítios que julguei, ou fortemente sedados, ou inexistentes de todo. Depois de o ler, percebi que "esperança", se o quiser, pode muito bem ser mais que uma simples palavra avulsa, que se lança nalguma conversa padronizada de levantamento de espírito.
"Quando se muda de vida aos vinte, os outros acham imensa piada. Vão beber uns copos connosco, boa sorte, pá. Até porque, quando se muda de vida aos vinte a coisa normalmente passa por uma viagem, por uma temporada no estrangeiro." (...)
"Mas quando se muda de vida aos quarenta, a coisa pia mais fino." (...)
"Quando se muda de vida aos quarenta, a viagem é cá dentro. Não, não é dentro de Portugal. É mesmo dentro de nós. Vamos até ao tutano. À massa de que somos feitos. E dói como o raio." (...)
"Depois, um dia, os amigos, que continuaram preocupados connosco, voltam a convidar-nos para almoçar. E é estranho." (...)
Cristina Nobre Soares é “copywriter”, trabalha na Claro e escreve no blogue “Em Linha Recta”.
Pois é...Leiam o resto deste texto muito bom aqui, e mudem caramba, mudem!
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