Ler livros de golpe é uma exaltação sem igual. Uma fúria imensa a roer-nos o corpo. Uma vontade de liberdade a vaguear pelos abraços que queremos dar, mas que, por estarmos tão distantes, não conseguimos dar juntos. Abraçamos o vácuo em vez das pessoas normais. Enlaces solitários das coisas que adoramos, e que só assim podem ser, por vezes.
O Ambiente criado é fantástico. Sentimos aquelas ruas e aqueles medos que assomam às janelas das praças desertas, dos comboios parados, das casas inconcebíveis. As esquinas escurecem-se. Os olhares acomodam-nos mais do que imaginaríamos. Ler estes livros parece uma vida que nunca é nossa mas, é tão parecida que sentido-la assim, é. Igual!
Veio-me à memória um filme enorme que vi no festival preto-e-branco do Jaime, e onde tive a possibilidade inaudita de estar a tomar uma cerveja com o realizador.
Os momentos, são tão nossos, quanto os fizermos. O resto é vida. O resto é só vida. Só Vida!
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