A tragédia é a de que já não existem mais seres humanos, apenas máquinas de carne colidindo umas contra as outras como zangões de ideias fixas.
E tudo começa no universal, obrigatório e corrompido sistema de ensino que nos molda a todos, desde as ditas classes governantes justo até aos pobres. Empurra-nos para a arena do consumismo, de possuir tudo, a qualquer preço. É por isso que todos queremos as mesmas coisas, da esquerda até à direita, sem esquecer o centro, há uma demolição sistemática da pureza da normal radicalidade em assumir-mo-nos individualistas. Deixa de existir individualidade, quando todas as ideias se fundem numa, e numa só coisa básica: a posse!
A falta de unificação apenas se manifesta no esforço de acesso às coisas, trabalhando uma violência perpétua para lhes ter acesso. E porque se quer ter acesso? Porque fomos ensinados de que é uma virtude querer, logo, cada um expressa esse direito, essa nobre virtude, homens bons e assassinos por igual. Todos juntos, unidos por um desejo mortal que os liga como irmãos, todos enredados no sinistro fracasso deste sistema social que produziu esta raça de máquinas gladiadoras, treinados para ter, possuir e destruir.
Esta é a Tragédia.
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