Sou muitas
vezes acusado - acusado é capaz de ser muito forte - recordado, de "não ser por nada", de "não prestar apoio" a nada ou a alguém, de não ser o "eu" total que poderia ser, se fosse de outro modo, que não este. - "Por isso estás como estás". - Dizem-me.
Hummm.. como se isto aqui servisse para apoiar o que quer que seja, ou mais ainda, despojar o "eu" de si mesmo.
Por acaso, até nascem naquilo que me aconselham, mesmo que por vezes totalmente impessoais e frias, as melhores passagens daquilo que me dá gozo escrever, pondo de parte todos os nós e os eus? - Já é algo pelos outros, não será?
Semelhantes asserções trazem-me à memória trechos de: "A Crítica da Faculdade de Julgar" do velho Immanuel. Na embriagante lucidez das suas palavras, encontro esconderijos imperfeitos para esta paranóia que me persegue. Um lugar gigante com o tamanho de um livro de bolso, onde repousam tantas respostas.
É que, para apoiar por apoiar, como tantas vezes assisto, existem as redes sociais, as plataformas de petições, os crowdfundings. É aí que nascem os heróis destes tempos, e as suas grandes obras, não aqui. Aqui é tudo calmo e secundário, impera o reino dos extras. Aquelas criaturas sem fala que enchem o pano de fundo dos filmes. Um ponto a menos para o "eu".
Só os idiotas é que acham que expôr ideias é ser do contra. Não sou contra ninguém em particular - Excepto talvez contra os idiotas - e, desde logo, existem tantos por aí...como por exemplo, aqueles que me acusam - acusam é capaz de ser demasiado - que me sugerem, que necessito da cumplicidade dos vivos para existir melhor. - "Depois queixa-te que estás só." - Dizem-me.
Talvez não sejam assim tão idiotas. - "Se não tens aquilo que queres, é porque se calhar não o mereces." - Continuam.
Hummm... Claro que sim, pois o merecimento é como um pêndulo que balança entre a solidão do egoísmo, e a violência da inveja, menos até, quando o indivíduo em questão está psicologicamente em baixo. É sempre mais fácil desmerecer, não custa tanto, e é tão mais higiénico. Improvável, é encontrar um "apoiado" disposto a inverter o rumo das coisas, isso sim.
Aritméticamente, o "eu" é a mais radical das divisões, dado que o um dividido, acaba inteiro, igual a si mesmo. São necessárias as frações dos "outros", para se obter resultados diferentes. Depois da humilhação que sofri na escola, isto é algo que nunca irei esquecer.
Se fosse abrir a porta deste espaço a todos os desapoiados, estaria à procura de encontrar lá fora uma tempestade a rodear-me. Eu sei quem são, e o que merecem, tudo o resto surge na raiz da dúvida, é efectivamente, a semente insidiosa da incerteza de todos os "eus" e "outros" que por aí andam na mesma senda.
Por isso, deixem lá de me acusar - acusar aqui vem um pouco a despropósito - de me foderem o juízo com chavões inconsequentes. É provável que até venha a "ser por tudo", desde que o tudo me encontre em algum lado.
Hummm.. como se isto aqui servisse para apoiar o que quer que seja, ou mais ainda, despojar o "eu" de si mesmo.
Por acaso, até nascem naquilo que me aconselham, mesmo que por vezes totalmente impessoais e frias, as melhores passagens daquilo que me dá gozo escrever, pondo de parte todos os nós e os eus? - Já é algo pelos outros, não será?
Semelhantes asserções trazem-me à memória trechos de: "A Crítica da Faculdade de Julgar" do velho Immanuel. Na embriagante lucidez das suas palavras, encontro esconderijos imperfeitos para esta paranóia que me persegue. Um lugar gigante com o tamanho de um livro de bolso, onde repousam tantas respostas.
É que, para apoiar por apoiar, como tantas vezes assisto, existem as redes sociais, as plataformas de petições, os crowdfundings. É aí que nascem os heróis destes tempos, e as suas grandes obras, não aqui. Aqui é tudo calmo e secundário, impera o reino dos extras. Aquelas criaturas sem fala que enchem o pano de fundo dos filmes. Um ponto a menos para o "eu".
Só os idiotas é que acham que expôr ideias é ser do contra. Não sou contra ninguém em particular - Excepto talvez contra os idiotas - e, desde logo, existem tantos por aí...como por exemplo, aqueles que me acusam - acusam é capaz de ser demasiado - que me sugerem, que necessito da cumplicidade dos vivos para existir melhor. - "Depois queixa-te que estás só." - Dizem-me.
Talvez não sejam assim tão idiotas. - "Se não tens aquilo que queres, é porque se calhar não o mereces." - Continuam.
Hummm... Claro que sim, pois o merecimento é como um pêndulo que balança entre a solidão do egoísmo, e a violência da inveja, menos até, quando o indivíduo em questão está psicologicamente em baixo. É sempre mais fácil desmerecer, não custa tanto, e é tão mais higiénico. Improvável, é encontrar um "apoiado" disposto a inverter o rumo das coisas, isso sim.
Aritméticamente, o "eu" é a mais radical das divisões, dado que o um dividido, acaba inteiro, igual a si mesmo. São necessárias as frações dos "outros", para se obter resultados diferentes. Depois da humilhação que sofri na escola, isto é algo que nunca irei esquecer.
Se fosse abrir a porta deste espaço a todos os desapoiados, estaria à procura de encontrar lá fora uma tempestade a rodear-me. Eu sei quem são, e o que merecem, tudo o resto surge na raiz da dúvida, é efectivamente, a semente insidiosa da incerteza de todos os "eus" e "outros" que por aí andam na mesma senda.
Por isso, deixem lá de me acusar - acusar aqui vem um pouco a despropósito - de me foderem o juízo com chavões inconsequentes. É provável que até venha a "ser por tudo", desde que o tudo me encontre em algum lado.
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