Pouco a
pouco enxerto linhas neste esteio,
Incerto da
solitude que me comanda a mão,
avanço num
vagar pausado que não refreio,
e deixo de
entender o sentido da razão.
Lentamente
junto as rimas deste mote.
Ansiosas,
vazam largo um encher d’alma,
sem contar
que o tempo me derrote,
ou que o
espaço curto perca a calma.
Devagar, a
vida vai nascendo em verso,
um a um,
alinhados no prumo de uma rima,
faço birra,
desespero, mas não disperso,
o sentir que
coloco aqui por cima.
Sem pressa
vou desfiando este dizer,
que dizem
poucos ser o que chamam poesia.
Chamar-lhe-ei
tão somente o meu viver,
Pois é tão somente
o que me ocupa o dia.
Vagaroso,
defino assim este pequeno adágio,
pois é
forçoso que o expulse de mim,
mais que
isso, sinto apenas o presságio,
que explana
o sentido do seu fim.
Espaçado
entre linhas que conserto,
Pela pausa
demorada do pensamento,
lá termino
de encher o espaço aberto,
com o que
vida me ensinou nesse momento.
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