Ensinaste-me
a viver,
Nesse teu
modo de ser,
e tantas vezes
me perdi,
em tuas
ruas de solidão,
tantas,
tantas que nem ouvi,
o bater do coração.
Sou filho
nato desta beleza,
de vento,
canção e mar,
onde esvoaça
a gaivota,
e grassa o
viço do pinheiral.
Onde também,
e com certeza,
castiga o
vento a levantar
no som certo
da mesma nota,
que nunca
nos deixa igual.
E de longe
desenha o rio,
seu caminho
até ao sal.
Da ladeira
do Mosteiro,
desce a
saudade com brio,
Remetida ao laranjal,
que enamora o seu esteiro.
Desta gente enviada,
Às sete
partidas do mundo.
faz a sorte lembrar,
terra calma e
incontida
onde
nasceram poetas,
boas naves
de madeira,
e uma alma
amargurada.
Ponto de
azul tão fecundo,
és toda mãe a amar,
lembras
sempre na partida,
nunca esqueces
na chegada,
és memória
por inteira.
Quem dera a
mim trazer-te ao peito,
num
relicário de espuma,
guardar-te
minha para sempre,
E nunca,
nunca te partilhar.
Nunca sejas
de outro jeito,
que terra assim há só uma,
Terra
bendita que esconde,
Segredos por
revelar,
vives em nós como uma alma,
Querida Vila
do Conde.
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