Eu escrevo: "Bem sei que os meus poemas estão carregados de erros por vezes, e depois? Eu não vou parar de corrigi-los. "
Será que a poesia é sagrado? Ou talvez, considerada insignificante? Ambas as formas de abordá-la estão errados, e o pior é que o neófito, livre da necessidade de trabalhar nos seus versos não encara essa realidade, escreve com asas, em vez de ter os pés bem assentes na terra. É gratificante e agradável poder afirmar de boca cheia, que o espírito da Florbela Espanca desceu sobre mim na sexta-feira à 01:57 da noite, e começou a sussurrar-me segredos no meu ouvido misterioso (o esquerdo). Fe-lo com tanta veemência que quase não tive tempo para escrevê-los todos. Mas em casa, de portas fechadas, corrijo-os com afinco. Riscando e revendo aqueles termos que parecem provir de outro mundo. Os espíritos são maravilhosos, mas a poesia tem o seu lado prosaico.
Utilizar o verso livre, como se essa liberdade fora absoluta, é um engano. Um triste engano. A poesia é, foi e será sempre um jogo. E como qualquer criança bem sabe, todos os jogos tem regras. Porquê que os adultos se esquecem disso?
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