Adolfo diz-lhe:
- Anda cá. Vem viver no meu coração.
Ela hesitou. A sua última palavra ficou suspensa no desejo do
ar do quarto, como uma nota falsa de duzentos euros. Adolfo chamou-a de novo,
ela pôs-se de pé, levantou os braços e despiu a blusa, rodou o trinco do
soutien, de trás para diante, soltou-o e aproximou-se dele sem guardar
recordações de nada, porque tinha o coração definitivamente mutilado para o
amor. (...)
Excerto do conto - O Triste caso do Homem sem Fim -
in "Estórias de Amor para Desempregados"
Miro Teixeira
Auto-Publicação 2016
- Estorias-de-Amor-para-Desempregados - Link disponível só para loucos e aventureiros com boas almas que anseiem saltar fora deste tempo.
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