Avançar para o conteúdo principal

Entrevista exclusiva com Deus


Não sei porque me ponho a escrever sem ter assunto. É a pior ideia do mundo! - Suponho que é a "síndrome da página em branco", irrita-me o desperdicío da claridade no ecrã. 
Queria tanto poder deixar uma página em branco. Uma vida em branco. Mas, a cada passo, a cada linha, só deixo feridas e rabiscos, sinais de crimes delicados. Também isto me irrita, muito.
Aproxima-se a temporada dos novos-livros, a reentrada, e já sei como é, vou ficar por contar uma vez mais... ontem sentei-me à mesa, sozinho (ainda), mas já posto no máximo ponto da minha saúde mental. Pudera, ando a reler todos os e-mails que recebi como resposta das editoras: "Não sabemos ainda, Casimiro... não podemos ainda..." são as respostas que recebo, quando eu perguntei apenas sobre a possível configuração desse mistério de publicar um livro. 
Já sou um menino grande, e caso as coisas não corram como gostaria muito que corressem, também não é caso para andar por aqui a choramingar ou acabar rapando o cabelo todo, num rápido acesso de loucura. É que a cabeça aquece-me imenso, e no fim de contas, vim a saber que Deus nem tinha tempo livre para uma entrevista.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

A queda de um anjo triste.

Desafogados brilhos desta existência, quis olhar em frente, e vi somente escuro. Escuro, escória, lixo, lama e penetrante breu. Quis seguir em frente e não mo permitiram. Quis marcar presença, caí, e fui banido. Quis viver, e fui marcado a fogo com o rótulo do nada. Malditas palavras que me acendem esta vivência, pudera eu ser livre, e não viver por trás deste muro. Ser vento, ou poeira, e correr solto pelo esplendor deste céu. Malditas palavras que de mim emergiram, ainda mal as proferia, e já as via, abafadas em seu ruído, como se fossem pássaros, abatidos em revoada. Como eu mesmo, abatido assim, em tenra idade. Mas sosseguem, pois sou coisa irritante que insiste em não morrer. Malogrado pela estupidez do desprezo, sou, ainda assim, Homem! Homem! Homem... Estou vivo, e não desabo. Desafogado percurso que ainda mal começa, não verás teu fim nesta desdita amordaçada. Quis dizer o que quis, e não me faltou a vontade. Mais fáci

António Ramos Rosa, in "O Grito Claro" (1958)

Três!

  Fui e sempre serei um ' geek '! - Cresci com o universo marvel nas revistas que lia em um quase arrebatamento do espírito em crescimento. O mesmo aconteceu-me com " Star Wars" , e com praticamente todos os bons  franchises que me animassem a vontade.  Quando este universo em particular, ( marvel ), surgiu finalmente em forma de cinema, exultei-me, obviamente. Mais ainda quando tudo se foi compondo em uma determinação de lhe incutir um percurso coordenado e sensato. Aquilo que ficou conhecido como MCU (Marvel Cinematic Universe). A interacção pareceu-me perfeita. Eles faziam os filmes e eu deliciava-me com os mesmos. Isto decorreu pelo que foi denominado por fases. As 4 primeiras atingiram-me os nervos certos e agarraram-me de tal maneira que mormente uma falha aqui ou ali, não me predispus a matar o amor que lhes tive. Foi uma espécie de idílio, até a DISNEY flectir os músculos financeiros que arrebanhou sabe-se lá como, e começar a comprar tudo o que faz um '